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MÊS DA MULHER
Ministras debatem liderança feminina com filósofa Gisèle Szczyglak
Ministras e gestoras públicam participam de encontro sobre liderança feminina com a filósofa Gisèle Szczyglak. Foto: Adalberto Marques/MGI
As ministras de Gestão e Inovação em Serviços Público (MGI), Esther Dweck, das Mulheres, Cida Gonçalves, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, participaram nesta segunda-feira (13/03) de evento sobre liderança feminina, com a filósofa e professora da Escola Nacional de Administração (ENA) da França, Gisèle Szczyglak.
“É um prazer estar aqui com todas vocês. Esse é um momento importante para refletirmos um pouco sobre o nosso papel como mulheres em cargos de direção e sobre as nossas dificuldades”, disse a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, durante a abertura da sessão.
Ao lado da presidente da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Betânia Peixoto Lemos, da secretária-executiva do MGI, Cristina Mori, e de outras mulheres que ocupam cargos de direção no Governo Federal, as ministras puderam ouvir e dialogar sobre os caminhos e estratégias para promover a igualdade de gênero e ampliar a participação feminina em cargos da alta gestão.
Dweck lembrou que, desde o início do governo, a representatividade feminina tem sido uma preocupação. “Temos o maior número de ministras da história dos governos brasileiros”, destacou, se referindo às 11 ministras e duas presidentes de bancos públicos (Caixa e Banco do Brasil) do governo Lula. “Mas também precisamos melhorar em vários aspectos a questão de representatividade de gênero e de raça na gestão pública. Esse é um trabalho de todo o governo, mas principalmente do MGI, que deve ser um exemplo para os demais”, lembrou a ministra.
Liderança Feminina
A filósofa e professora, Gisèle Szczyglak, agradeceu o convite ressaltando o “momento importante do Brasil, quando assume um novo governo preocupado com a questão da igualdade de gênero”. Ela destacou a importância de uma cartografia das posições ocupadas por homens e mulheres nos espaços de poder.
“No ritmo que estamos [de redução da desigualdade de gênero] levaria 134 anos para o mundo alcançar a paridade de gênero em cargos de liderança nas organizações. Por isso é tão necessário que tenhamos políticas públicas para reduzir essa distância”, reforçou Gisèle.
Para promover a igualdade de gênero, ela propõe algumas ações concretas, que começam nas escolas, como o financiamento de projetos que promovam e discutam a igualdade entre homens e mulheres. Giséle também destaca ações para promover essa paridade, como políticas de apoio e incentivo financeiro ao empreendedorismo feminino; criação de redes de apoio governamental a mulheres vítimas de violência e aprovação de leis que promovam a paridade entre homens e mulheres em cargos de liderança.
Curso na Enap
A atividade realizada no auditório do MGI, no formato “in Company”, foi uma mostra dos temas e estratégias que estão sendo debatidos durante o curso de Liderança Feminina com Gisèle Szczyglak, promovido entre os dias 13 e 17 de março, pela Enap. A formação é voltada para mulheres que ocupam cargos de gestão no governo federal (FCE e CEE 13 ou mais) e tem entre os objetivos, discutir o processo de construção da liderança para a formação de redes e alianças e o fortalecimento do papel de mulher e líder.
A professora e filósofa Gisèle Szczyglak é docente na École Nationale d´Administration (ENA) da França. É fundadora e CEO da WLC Partners e da associação internacional Open Mentoring Network. É especialista em mentoring, inteligência coletiva e liderança feminina. PhD em Filosofia Política pela Universidade de Toulouse II, pós doc em Sociologia e em Ética Aplicada pela Universidade de Montreal. É autora de vários livros, entre eles o “Subversivas: A arte sutil de nunca fazer o que esperam de nós”, publicação que as ministras receberam de presente da autora.
O curso promovido há sete anos pela Enap é fruto de parceria com a embaixada da França. A edição de 2023 da formação integra as atividades promovidas pelo Escola e pelo MGI durante o mês das mulheres.