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MARCHA DAS MARGARIDAS
Trabalhadoras rurais divulgam pauta de reivindicações para Marcha das Margaridas 2023
Ministra Esther Dweck, ao lado de outros ministros do governo Lula, recepciona pauta de reivindicações da Marcha das Margaridas. Foto: Adalberto Marques/MGI
“Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”, o lema da 7º Marcha das Margaridas foi fortemente cantado no Palácio do Planalto, na manhã desta quarta-feira (21/6), em Brasília. Representantes de mulheres trabalhadoras rurais, do campo, da floresta, das águas e das cidades entregaram ao governo federal a pauta de reivindicação da Marcha para 2023, que será realizada em agosto.
Presente no evento, a ministra Esther Dweck recebeu o documento com a pauta de reivindicações ao lado de outras ministras e ministros do governo Lula. De acordo com ela, “um olhar inovador e transformador do Estado brasileiro exige incorporar na gestão de pessoas, nos processos, nos ativos e na gestão do patrimônio da União os saberes, experiências e as reivindicações que as Margaridas trazem”.
Dweck também destaca o compromisso do MGI com a pauta da Marcha. “O Ministério da Gestão é um permanente observador e aprendiz da força e do conteúdo, da história, das vivências e perspectivas que cada uma dessas mulheres carrega. A sustentabilidade da vida, do bem viver e os cuidados a todos os seres vivos, bem como a busca pela eliminação das desigualdades e das violências perpetradas no campo e nas cidades devem ser eixo central dos serviços públicos e das ações do Estado brasileiro”, reitera a ministra.
Pauta
O documento construído de forma coletiva está estruturado em treze eixos políticos e de acordo com a coordenadora nacional da Marcha das Margaridas, Mazé Morais, “aponta para reconstrução de um Brasil sem fome e sem violência. Que garanta a soberania dos povos sobre as suas terras e territórios, que promova a produção e o consumo de alimentos saudáveis, a partir do uso e do manejo sustentável do ecossistema”, afirmou.
Mazé destacou que os “pontos pautados têm preposições que falam sobre programas e políticas públicas estruturantes, e até medidas e ações pontuais que em seu conjunto respondem ao enfrentamento das principais questões que desafiam o brasil de hoje, o combate à fome, o acirramento da desigualdade, a crise ambiental e a violência”.
A coordenadora da Marcha finalizou destacando a participação de todos os ministérios na resposta às pautas apresentadas. “A pauta apresentada requer ações intersetoriais para que se efetive a política na sua necessária transversalidade. Esperamos que todos os ministérios se comprometam a essa agenda propositiva, considerando a inserção das ações previstas no plano plurianual, para que seja garantido orçamento público para a sua efetivação durante os próximos quatro anos”.
Fortalecimento do Estado
Uma das missões do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) é o fortalecimento do Estado para efetivação e o aperfeiçoamento de políticas públicas. As recentes autorizações para concursos públicos de órgãos como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), com 742 vagas, e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, 98 vagas, contribuem para o cumprimento da agenda do governo federal de entregar cada vez mais e melhor para a sociedade brasileira.
Além disso ações afirmativas como a edição de decreto que reserva às pessoas negras (pretas e pardas) percentual mínimo de 30% na ocupação em Cargos Comissionados Executivos (CCE) e Funções Comissionadas Executivas (FCE) na Administração Pública Federal e o decreto que dispõe sobre a exigência, em contratações públicas, de percentual mínimo de 8% de mão de obra constituído por mulheres vítimas de violência doméstica, fazem parte da atuação do MGI na transformação do Estado.
Marcha das Margaridas
A Marcha das Margaridas é uma ação estratégica das mulheres do campo e da floresta coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), pelas 27 Federações de Trabalhadores na Agricultura (FETAGs) e pelos mais de 4 mil Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs), e por várias organizações de mulheres parceiras.
Realizada a cada quatro anos, a Marcha existe desde 2000 e faz homenagem a Margarida Alves, líder sindical assassinada por defender direito dos trabalhadores rurais.