Diversidade, formação de lideranças e transparência são pilares da Gestão para fortalecer o Estado

A ministra Esther Dweck participou na manhã desta quarta-feira (14/6), em Brasília, de encontro para debater a necessidade da ampliação da transparência de dados sobre pessoas no setor público e o aumento da representatividade étnico-racial e de gênero nos órgãos de Estado. No evento “Diálogos para um melhor Estado”, realizado pelo Movimento Pessoas à Frente, Esther pontuou sobre a necessidade de dialogar com a sociedade para desmistificar a ideia da inoperância do estado associada à incompetência de lideranças e servidores.  

“Existe uma desinformação para a população sobre quem são as lideranças. A gente passou por um período muito forte de desacreditar no estado, de dizer que os servidores não eram competentes. É um processo de deslegitimização do Estado que passa também por forçar a contraposição entre política e técnica. Cargos de liderança são por definição cargos políticos, obviamente, mas as pessoas têm que ter formação na área para tocar as políticas”, afirmou a ministra.  

Esther mencionou ainda os programas de formação de lideranças desenvolvidos em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), voltados para servidores e agentes públicos de todas as esferas de governo.  

“A Enap por ser um centro de excelência e formação tem várias iniciativas de formação de lideranças. Muitas vezes, a pessoa pode ser uma excelente técnica na sua área, mas não tem habilidade de gestão de pessoas, então você precisa formar as pessoas para isso também”. A ministra citou programas como o Lideragov, que prevê o desenvolvimento de competências para servidores e o Liderando para o Desenvolvimento, programa de formação para novos prefeitos.  

“E mais recentemente, para aumentar a diversidade na liderança, estamos com programas específicos de formação para lideranças negras. O Fiar, Formação de Iniciativas Antirracistas, é um programa conduzido em parceria com a Enap e Ministério da Igualdade Racial, que possui uma parte específica para formação de liderança. Para isso estamos em um processo de encontrá-las e esse ano estamos com um foco muito grande em cor/raça e etnia no recadastramento de servidores públicos federais”, salientou Esther. 

Recadastramento de servidores 

Está aberto até o dia 31 de julho, o prazo para atualização cadastral obrigatória dos servidores públicos federais. Esse ano, todos os servidores deverão preencher a informação de cor e raça no recadastramento, visando ampliar as políticas públicas para a redução da desigualdade e o combate ao racismo dentro do setor público. 

A iniciativa, realizada anualmente, tem por objetivo aprimorar políticas públicas de gestão de pessoas voltadas ao funcionalismo público. Além disso, a atualização dos dados melhora a qualidade e utilidade das informações sobre as pessoas, prestadas à sociedade por meio de painéis, consultas públicas, portais da transparência ou imprensa. 

Transparência 

De acordo com a ministra, a mudança da visão da sociedade sobre o serviço público passa ainda pelo acesso à informação. O Observatório de Pessoal, por exemplo, com dados de fácil acesso, formato moderno e atualização periódica proporciona ao cidadão conhecer o perfil das pessoas que atuam no Estado.  

Assim como o dado de pessoal, o ministério da Gestão trabalha para facilitar o acesso a outras informações que envolvem as ações da administração pública, como transferências de recursos e obras.  “A gente tem dois grandes sistemas com base de dados importantíssimas para o conhecimento da população, que é o Transferegov.br e o Obrasgov.br. Montamos um núcleo de informação dentro do ministério para ampliar esse acesso à população. Estamos envolvidos em tornar os dados públicos e fazê-lo da forma mais transparente possível”, concluiu Esther Dweck.