Gestão participa de seminário sobre experiências internacionais em reformas administrativas

O porta-voz da SETE/MGI ressaltou que mudanças nessa área enfrentam a barreira da desconfiança (especialmente dos setores financeiro e de regulação/antitruste), ainda na fase em que começam a ser discutidas. O secretário alertou que esse é um fator que não pode ser desconsiderado na condução de qualquer viés de reforma administrativa.

Francisco Gaetani lembrou dos esforços para combater a corrupção em etapas anteriores de mudanças administrativas. Apontou que houve resultados positivos, mas não plenamente eficazes. “Estamos pensando em como lidar com isso no contexto de nossas reformas”, disse o secretário. Ele afirmou que a elaboração de novos modelos de governança precisam conter a participação social, com democracia mas de forma menos burocrática.

Já o professor Geert Bouckaert apresentou um panorama das experiências de reforma administrativa desde a década de 1980, com dados que subsidiaram a amplificação dos debates sobre as propostas de reforma administrativa referentes ao Brasil. Ele propôs a revisão do uso do conceito da necessidade de “reformar” para a proposta de “reconstruir” e devolver ao Estado as condições mínimas de atuação capaz para a retomada do desenvolvimento e a garantia de paz social.

Bouckaert apontou não haver um “modelo pronto” para essas mudanças e lembrou que existem muitas diferenças consideráveis entre os países, inclusive dentro da União Europeia e entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ele afirmou que alterações promovidas sob o âmbito de “reformas administrativas” são lentas, lembrando de experiências internacionais iniciadas há bastante tempo, desde a década de 1970.

O seminário está disponível no YouTube. Confira: