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Sertão de Pernambuco poderá ter arranjo produtivo bioeconômico a partir do umbu
23/05/2019
Serra do Giz, no município de Afogados da Ingazeira, PE. (Foto: Divulgação)
Comunidades tradicionais do sertão baiano já potencializam os usos do umbu. Beneficiam e exportam até em forma de cerveja. Em Pernambuco deverá surgir uma floresta de umbu na Serra do Giz, em Afogados da Ingazeira , por iniciativa de um grupo nacional de cientistas (Ecolume/IPA) com apoio do prefeito José Patriota, presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). Ainda esta semana, o Ecolume fará a entrega formal de 700 mudas produzidas no IPA de Ibimirim a gestores da prefeitura de Afogados da Ingazeira.
Para José Patriota, várias comunidades serão beneficiadas com a iniciativa do Ecolume. “ Recebemos alegremente as mudas e apoiamos esta inciativa por fortalecer a Caatinga e valorizar o semiárido com a multiplicação do umbuzeiro, uma planta típica e referência histórica de nosso bioma “, diz.
As mais de 700 mudas de umbu serão entregues a agricultores e gestores do Sertão pernambucano nesta quinta-feira (23) e sexta-feira (24) em evento pedagógico e científico em Ibimirim. A iniciativa, que ocorrerá durante um curso de formação sobre a produção da planta e seu beneficiamento, é do Laboratório de Mudanças do Clima do Instituto Agronômico de PE (IPA), em parceria com o Departamento de Bioquímica da UFPE e por outras instituições, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“ A cidade foi escolhida porque o prefeito José Patriota acolheu a nossa proposta e logo sugeriu fazer nascer uma floresta de Umbu no município, na Serra do Giz, uma Área de Proteção Ambiental e de Refúgio da Vida Silvestre. E, neste local, ainda há comunidades tradicionais “, comenta a meteorologista Francis Lacerda, pesquisadora do IPA e coordenadora do Ecolume.
Bahia
No Sertão da Bahia, por exemplo, já existem experiências de arranjos produtivos bioeconômicos a partir do umbu. É o caso da Cooperativa de Agricultura Familiar de Canudos, Curaçá e Uauá (Coopercuc). O umbu é cultivado nestas três cidades baianas e é beneficiado em novos produtos. Além de geleias, doces e outros alimentos, fabricam até cerveja e exportam para o mundo.
Via Blog do Carlos Britto