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Nova mortandade de pescado põe fim a atividade no Castanhão
Reservatório acumula apenas 5,5%. e já foi o maior produtor do Ceará de tilápia em gaiolas.
http://blogs.diariodonordeste.com.br/centrosul/cidades/33453/33453
22/05/2019
Morte de tilápias em gaiolas traz prejuízo aos piscicultores. Foto: Honório Barbosa
Mais uma mortandade de peixe atingiu gaiolas no Açude Castanhão, nesses dois últimos dias, pondo fim completamente à atividade de piscicultura no maior reservatório do Ceará. Há cinco meses, morreram 95% do pescado criado em tanques redes, em abril passado houve nova mortandade em torno de 2% do que restava.
A secretária de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Aquicultura e Pesca, Lívia Barreto, disse que agora morreram todos os pescados criados em gaiolas e até os nativos (soltos no açude).
Ainda não há um levantamento sobre a quantidade de peixes mortos e de número de piscicultores atingidos. “A prioridade é retirar os peixes mortos e só depois vamos fazer o levantamento”, disse Lívia Barreto.
O impacto econômico para a cidade de Jaguaribara é enorme. Lojas fechadas, desemprego, grupo de piscicultores passando necessidade.
O clima é de tristeza e desespero entre os produtores. “Perdi tudo, não sobrou nada desse vez”, disse o piscicultor, Francisco Lima. “Não sabemos o que fazer de agora para frente”.
Há cinco meses que a gestão municipal vem se reunindo com o governo do Estado solicitando apoio: distribuição de cestas básicas para 200 famílias, amparo de uma renda mínima para 100 famílias e assistência técnica aos piscicultores. “Nada de concreto até agora foi realizado”, disse Lívia Barreto. “A situação é triste e muito preocupante”.
A chegada de água nova no Castanhão, por meio do Rio Jaguaribe, poluição da água, inversão térmica (água fria sobe levando matéria orgânica e reduzido o nível de oxigênio) são as causas de morte do pescado.
Há cinco meses morreram 1694 toneladas de pescado, atingindo centenas de piscicultores.
Vídeo mostra gaiolas com peixes mortos nos últimos dois dias no Castanhão: