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O CAMINHO DO SERTÃO: PELAS VEREDAS DE GUIMARÃES ROSA (Setembro 2017)
Nonada. É a primeira palavra que aparece em Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa e, ao longo das mais de seiscentas páginas, soma mais seis ocorrências. Antes de fechar o livro ela aparece de novo, na penúltima linha da última página.Nonada é “coisa sem importância, um quase nada” e sai da boca de um jagunço e vai ganhando significado enigmático, assim como muitas outras palavras do livro: se mostra hora coloquial e quase banal, hora estranha e enigmática. Esta tensão entre o corriqueiro, o popular, o cotidiano por um lado e o estranho, o enigmático, o hermético, por outro lado, é também uma característica do romance todo.Além disso, Nonada é também o antônimo ao último sinal gráfico do livro, que é o símbolo do infinito. Assim, o movimento da trama e das ideias de certa maneira vai do quase nada ao infinito.
Caminho do Sertão é um grupo que percorre anualmente a pé parte do caminho realizado por Riobaldo, personagem central do livro Grande Sertão: Veredas.Oferece uma imersão no universo de Guimarães Rosa, na literatura, na geografia, nos saberes e fazeres dos habitantes dos vales dos rios Urucuia e Carinhanha, no noroeste e norte de Minas Gerais.Na edição de 2016 que aconteceu em julho, a jornada bateu os 160km, pelos vales dos rios Urucuia e Carinhanha, percorrida a pé durante 7 dias. Saiu de Sagarana (distrito pertencente a Arinos/MG) e foi ao Parque Nacional Grande Sertão Veredas (Chapada Gaúcha/MG). É uma jornada literária “de Sagarana ao Grande Sertão: Veredas” que leva os caminhantes desde sua primeira obra em prosa até a mais importante das obras de Rosa.
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