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50 milhões de peixes morrem em seca da maior lagoa da Bacia do São Francisco (Setembro 2017)
'Com ela seca assim dá uma tristeza de ver tantos peixes mortos e os animais de um lado para o outro procurando onde beber'.
“Tendo por berço o lago cristalino, folga o peixe, a nadar todo inocente, medo ou receio do porvir não sente, pois vive incauto do fatal destino […]”, o trecho do poema O Peixe, uma crônica social e política contemporânea, como toda a obra do mestre Patativa do Assaré, é a narrativa que mais se assemelha à trágica situação da lagoa de Itaparica, a maior da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, situada entre as cidades de Xique-Xique e Gentio do Ouro, no semiárido baiano.
Com 24 km de extensão, cercada por carnaubais e outras árvores nativas da Caatinga, a lagoa de Itaparica é considerada a mais importante das margens do rio por ser o seu maior berçário natural. Os alevinos que nascem ali voltam para o rio quando crescem, tornando esse ciclo de fundamental importância para reposição do estoque pesqueiro de toda a bacia do São Francisco. Entretanto, a falta de chuvas, a baixa vazão do rio e o assoreamento provocado pela derrubada de mata nativa levaram a lagoa de Itaparica a secar em sua totalidade.
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