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Temporada de chuvas chega ao fim no Nordeste
Publicado em
18/07/2018 10h08
Atualizado em
18/11/2021 08h57
As chuvas, mais uma vez, foram mal distribuídas. Em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, agricultores e pescadores tiveram prejuízos.
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Clédiston Ancelmo
Petrolina, PE
A temporada das águas está chegando ao fim no sertão do Nordeste e as chuvas, mais uma vez, formam mal distribuídas.
O Assentamento Cacimba dos Sonhos, de bonito só tem mesmo o nome, porque água que é bom, quase não teve esse ano. A localidade fica em Petrolina. A barragem que mata a sede dos animais até pegou um pouco d'água, mas não deve durar muito tempo.
"Acredito que ela deve durar até setembro, outubro por aí assim, acredito que ela deve dar para esse tempo”, fala agricultor João da Silva Paes.
O curioso é que choveu bem mais esse ano no sertão de Pernambuco do que nos anos anteriores. Já foram mais de 460 milímetros. Em 2017 só 225.
Apesar da chuva que caiu nos primeiros meses do ano, a água foi pouca em algumas localidades. Cinquenta e dois municípios do sertão de Pernambuco continuam em situação de emergência por causa da seca. Mais de um milhão e seiscentas mil pessoas estão sofrendo com a estiagem em todo o estado. Dos trinta e nove reservatórios do sertão monitorados pela Agência Pernambucana de Águas e Clima, 14 estão em colapso.
Rio Grande do Norte
Depois de dez anos de espera, a Lagoa do Apanha-peixe, em Caraúbas, voltou a encher. Caraúbas fica na região oeste potiguar e desde o início do ano, registrou 750 milímetros de chuva, cerca de 30% a mais que no ano passado inteiro.
Perto do reservatório, os animais aproveitam o pasto verde. O sorgo usado na alimentação dos bichos está pronto para ser colhido e ensilado - água e comida garantidas para o ano inteiro.
Depois de seis anos de seca, o Rio Grande do Norte registrou um período chuvoso acima da média. Os reservatórios da região oeste foram os mais beneficiados. Entre eles, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado.
Mesmo com essas melhoras, a situação do abastecimento do Rio Grande do Norte ainda é considerada instável. Dos 47 reservatórios monitorados, oito continuam em volume morto e dois estão secos.
O Açude Gargalheiras, em Acari, no Seridó potiguar, tem a situação mais preocupante. O reservatório era responsável pelo abastecimento de mais de 60 mil pessoas em dois municípios. Agora, a água vem de outro reservatório através de uma adutora emergencial. Está cada vez mais difícil achar peixes no Gargalheiras.
Mesmo com essas melhoras, a situação do abastecimento do Rio Grande do Norte ainda é considerada instável. Dos 47 reservatórios monitorados, oito continuam em volume morto e dois estão secos.
O Açude Gargalheiras, em Acari, no Seridó potiguar, tem a situação mais preocupante. O reservatório era responsável pelo abastecimento de mais de 60 mil pessoas em dois municípios. Agora, a água vem de outro reservatório através de uma adutora emergencial. Está cada vez mais difícil achar peixes no Gargalheiras.
A temporada de chuvas nas regiões mostradas na reportagem só deve recomeçar em meados de outubro ou novembro.