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Nível do Sistema Cantareira continua a cair e chega a 37,9%
Publicado em
29/08/2018 11h03
Atualizado em
19/11/2021 10h13
Há um ano, no dia 24 de agosto de 2017, o volume útil armazenado no Sistema Cantareira era de 59,52%, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
Por Bárbara Muniz Vieira, G1 SP, São Paulo
25/08/2018
Vista aérea da represa do Jaguari, na cidade de Bragança, no interior de São Paulo (Foto: Luis Moura/WPP/Estadão Conteúdo)
O Sistema Cantareira está operando com 37,9% de sua capacidade neste sábado (25), de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O Cantareira é o maior reservatório de água da região metropolitana e abastece cerca de 7,5 milhões de pessoas por dia.
Há um ano, no dia 24 de agosto de 2017, o volume útil armazenado no Sistema Cantareira era de 59,52%, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).
De acordo com o professor e engenheiro José Roberto Kachel dos Santos, a situação ainda é contornável.
"Levando em conta as obras de transposição e interligação de sistemas, a redução de pressão nas redes de distribuição na madrugada, a redução na retirada do Cantareira e SPAT... Será preocupante se as chuvas continuarem abaixo da média a partir de outubro", disse ele.
De acordo com o último boletim da agência, a vazão afluente aos Sistema Cantareira corresponde a 6,48 m³/s, o que equivale a 27,18% da média histórica do mês de agosto (23,84 m³/s) e a 111,05% da mínima histórica do mês (5,84 m³/s).
Em nota, a Sabesp disse que é essencial a população economizar neste período de estiagem. "A entrada de água nas represas do Sistema Cantareira, principalmente a partir de abril, tem ficado muito próxima das mínimas já registradas. Por isso é importante que os moradores economizem água", informou a Companhia.
Mesmo com a seca, a Sabesp informou que possui um sistema mais robusto, com mais interligações e maior capacidade de tratamento de água do que antes da crise hídrica de 2014-15.
"Foram concluídas 36 grandes obras pela Sabesp, além de 1000 intervenções de pequeno e médio portes nos últimos anos, que garantem mais água para a população. As medidas adotadas pela Sabesp aumentaram, por exemplo, as interligações entre as represas e, consequentemente, ampliaram o sistema flex."
Estado de alerta
O
Cantareira está em estado de alerta desde 30 de julho
, quando passou a operar com 39,7% de sua capacidade. A ANA determina que igual ou abaixo de 40% do volume, o sistema entra em estado de alerta.
Na prática, a determinação reduz a quantidade de água que a Sabesp pode retirar do manancial de 31 mil litros por segundo para 27 mil litros por segundo.
De acordo com a Sabesp, a diminuição do volume de água retirada não é um problema porque a companhia já vem economizando e retirando menos água do que o limite máximo estipulado pela ANA.
Cantareira se aproxima de estado de restrição
De acordo com a resolução conjunta ANA/DAEE Nº 925, de 29 de maio de 2017, que estabelece as condições de operação para o Sistema, acima de 40% até 59,9%, o estado é de atenção. Para ser considerado normal, precisa chegar a 60%.
O estado de restrição é atingido quando o volume útil acumulado é igual ou maior que 20% e menor que 30%.
Sobre o assunto
Falta de chuva deixa sistema Cantareira em estado de alerta
http://www.suassuna.net.br/2018/08/falta-dechuva-deixa-sistema-cantareira.html