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Barragens poderiam ter aliviado sofrimento(Junho 2017)
Maicon ainda estava no ventre da mãe quando a maior parte da cidade foi engolida pelas águas do Rio Una na histórica enchente de 2010
O menino Maicon Vinícius Bezerra, 6 anos, tenta se equilibrar em meio à lama grossa que arrasou a casa de sua família, em Catende, Zona da Mata Sul do Estado, após as chuvas do último dia 28 de maio. O pouco que ele e sua família tinham – roupas, geladeira e fogão – foi inutilizado pelo temporal. No corre-corre contra as águas que subiam rapidamente dentro de casa na noite daquele domingo, Maicon lembrou-se de salvar os brinquedos. Não eram muitos, pois couberam em uma mochila que ele mesmo entregou ao pai antes de todos deixarem o imóvel, com água pela cintura. Um caminhão de plástico teve que ficar para trás. Foi achado, enterrado na lama, bem em frente à casa, no dia seguinte. Um pequeno milagre e uma alegria para o menino em meio a tanta destruição.
Maicon ainda estava no ventre da mãe quando a maior parte da cidade foi engolida pelas águas do Rio Una na histórica enchente de 2010. A casa da família era a mesma, colada ao matadouro da cidade. “A gente pensava que não veria nada pior que aquilo, mas infelizmente aconteceu de novo”, lamenta o pai do garoto, Maurício Bezerra, 42 anos. O barro na residência da família foi retirado com a ajuda de Maicon e de seus três irmãos, de 14, 12 e 11 respectivamente.
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