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A seca que enfrentamos "é provavelmente das piores dos últimos 100 anos" (Novembro 2017)
Em declarações à Lusa, o professor jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável explicou que um fenómeno meteorológico isolado, por si só, não define um clima -- para isso é necessário fazer observações durante 30 anos e depois comparar com o período anterior, vendo se nas médias e nos extremos das várias variáveis meteorológicas houve uma mudança significativa.
Quando se comparam os dois períodos de 30 anos anteriores ao presente (desde 1960), verifica-se que a precipitação média anual tem diminuído na Península Ibérica e também noutras áreas do Mediterrâneo.
"No caso de Portugal a diminuição é da ordem dos 40 milímetros por década e isso é um número significativo, ou seja, 200 milímetros de chuva em meio século, cerca de 20 centímetros de água", indicou o professor.
Os números têm particular peso no sul: no interior do Alentejo a precipitação média anual era, antes desta redução, de 500 milímetros.
"Não é a questão de uma seca. Nestes 60 anos, comparando quantas secas mais é que houve em relação ao período anterior, verifica-se que tem havido mais secas e mais prolongadas", referiu Filipe Duarte Santos.
A atual seca registada em Portugal, indicou, é provavelmente "das piores dos últimos 100 anos" e uma das mais intensas e prolongadas: "Uma seca destas na Idade Média seria dramática, o país estaria numa profunda crise de fome".Em declarações à Lusa, o professor jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável explicou que um fenómeno meteorológico isolado, por si só, não define um clima -- para isso é necessário fazer observações durante 30 anos e depois comparar com o período anterior, vendo se nas médias e nos extremos das várias variáveis meteorológicas houve uma mudança significativa.
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