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O setor elétrico brasileiro caiu no colo dos chineses(Junho 2017)
São Paulo — Fica difícil entender a diferença entre megalomania e realismo quando se trata das ambições globais da China. Quem não duvidava, há cerca de duas décadas, do potencial econômico do país? Hoje, como se sabe, a China é a segunda maior economia do mundo, exporta mais do que qualquer um e empurra, praticamente sozinha, o PIB global.
Mas, mesmo para os padrões chineses, chamou a atenção o plano da estatal de energia State Grid para a construção de uma rede elétrica global, divulgado em março. A empresa anunciou o objetivo de investir, até 2050, 50 trilhões de dólares (isso mesmo, trilhões) para interligar o parque energético mundial, em parceria com outros sócios.
É bem verdade que, se há uma empresa com musculatura para ter essa ambição toda, essa empresa é a State Grid. Trata-se da maior companhia de energia do mundo, e disparado — com 1,5 milhão de funcionários, fatura 340 bilhões de dólares por ano. E, a julgar pelos movimentos recentes, o colosso energético chinês quer começar seu plano de conquista do mundo pelo Brasil.
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