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PROGRAMAS INSTITUCIONAIS
O Programa Institucional Valorização Docente na Educação Básica visa trabalhar a interrelação entre pesquisa, formação e divulgação científica e cultural para construir e compartilhar conhecimentos e realizar ações capazes de auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas no campo da Educação voltadas para a valorização docente na Educação Básica. Temos em pauta decisões estratégicas que deverão influenciar todo o funcionamento da educação pública brasileira nos próximos anos. Nossa temática ilumina um dos princípios fundamentais para a melhoria da qualidade da educação: a valorização docente; que, através de projetos articulados, pretende posicionar a Fundação Joaquim Nabuco como importante ator social no campo das políticas públicas de Educação e Cultura. Adotamos como premissas três frentes de atuação capazes de contribuir para a valorização docente: condições de trabalho, qualificação e bem-estar.
Perfil: Viviane Toraci Alonso de Andrade
Coordenadora do Programa Institucional (P.I. 1) “Valorização Docente na Educação Básica”
Formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desde o ano 2000, Viviane Toraci é servidora concursada da Fundação Joaquim Nabuco desde 2007. Mestre e Doutora em Comunicação pela UFPE, a coordenadora está lotada na Diretoria de Formação e Desenvolvimento Profissional (DIFOR) da Fundaj desde 2015. Além de já ter trabalhado durante quatro anos na Editora Massangana, Viviane é professora e pesquisadora no Mestrado Profissional em Ciências Sociais para o Ensino Médio (MPCS/Fundaj).
1- Sobre o que é o seu Programa Institucional? Pode descrevê-lo?
O Programa Institucional “Valorização Docente na Educação Básica” surgiu no grupo integrante do mestrado profissional em Ciências Sociais. É um grupo que estava voltado para trabalhar com os professores da educação básica, já que o mestrado tem como público-alvo o professor de sociologia, que está responsável pela disciplina, mas que não necessariamente tem formação nas ciências sociais. Essa movimentação junto ao professor na identificação das suas necessidades discutidas em sala de aula, como a infraestrutura das tecnologias da afirmação à questão salarial, são temas debatidos. Não há hierarquia entre os P.I.’s. A partir de uma pesquisa a gente puxa a implantação de um laboratório ou a realização de um curso de curta duração. A gente tem previsto a criação do Multilab, que é um laboratório multi-uso.
2- Pode falar um pouco mais sobre esse laboratório?
O Multilab é um laboratório que pretende promover o uso de tecnologias da informação para o desenvolvimento de material didático para os professores da área de Humanas na educação básica. A proposta é lançar alguns editais. O laboratório ainda está sendo implantado na Fundação, em Apipucos. Grupos de professores e o seus alunos de escolas públicas serão convidados para desenvolver alguns materiais. A previsão é que o laboratório seja inaugurado até o final do ano.
3- Quem são as pessoas envolvidas nesses projetos?
Como Programa Institucional, temos pessoas de todas as diretorias. Eu, por exemplo, sou da Diretoria de Formação (Difor) e estou coordenando o programa. Temos pesquisadores, analistas que são da Diretoria de Memória e pessoas que são relacionadas ao cinema. Também temos ações em conjunto com a Editora Massangana. Tentamos usufruir de todos os equipamentos da Fundação.
4- Há algum tipo de parceria com outras instituições ou empresas?
Não há com empresas, mas sim com instituições publicas. Nossos projetos de articulação foram em dois caminhos: o primeiro caminho foi com o grupo Gestrado, que é um grupo de estudos em valorização docente da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É um grupo muito forte no Brasil e que congrega outras instituições.
A segunda proposta é com a Rede ProfSocio, que é uma rede de mestrados profissionais em sociologia para o ensino médio. Vamos fortalecer esse contato, porque são 13 universidades trabalhando juntas. Nosso mestrado já faz parte dessa rede.
5- Quais os produtos que vão sair do seu P.I.?
Já existem atividades que estão acontecendo. As pesquisas têm um tempo mais longo, mas a que eu coordeno, por exemplo, que é a de “Divulgação Científica na Internet”, já vai ter um artigo de conclusão da primeira fase. Temos também um curso para professores que foi concluído e de outros projetos de pesquisa em sala de aula. Também estamos na rua com a “Caravana da Sociologia”, que é outro projeto que envolve os bolsistas PIBIC no ensino médio.
6- Como funciona a “Caravana da Sociologia”?
A gente aprovou o projeto no CNPQ e concedemos 10 bolsas durante um ano. São 10 bolsistas de ensino médio oriundos de duas escolas públicas de Pernambuco. Cinco são estudantes de uma escola no Espinheiro, Escola de Referência Santa Paula Frassinetti, e cinco são de uma escola em Aldeia, Escola Estadual Major Lélio. São oito pesquisadores que estão orientando esses bolsistas. Eles estão desenvolvendo toda uma metodologia de pesquisa referente ao caráter do ensino médio. É uma pesquisa reduzida, mas que aborda a desigualdade social. É desenvolvida pelos próprios alunos. Quando o projeto for finalizado, a caravana vai apresentar o resultado em outras 10 escolas do estado.
7- Qual a importância desses P.I.’s para a Fundação?
Eu tenho relatos de outros momentos da Fundação de que não havia tantos esforços. Com os Projetos Institucionais houve uma união dessas pesquisa e das temáticas para o desenvolvimento de produtos mais relevantes. É sempre importante construir essas agendas de trabalho.
8- Qual o público-alvo do seu Projeto Institucional?
Esse P.I. está muito envolvido com a comunidade escolar. Está envolvendo os estudantes com a “Caravana da Sociologia”, os professores com os cursos e as pesquisas e há também o âmbito governamental já que algumas pesquisas analisam as políticas públicas.
9- Pode citar produtos que vão sair do seu P.I.?
Há a pesquisa “Divulgação Científica na Internet”, o “Ensino Médio no Nordeste: Desafios e a Qualificação do Trabalho Docente.” e vários outros. Já tivemos duas turmas na área da formação e atualização na gestão escolar. Teremos mais cinco turmas durante o ano.
10- Existe algum produto que vá virar um livro ou documentário?
Temos prevista uma série que deve sair pela Editora Massangana. A intenção é que todas essas pesquisas gerem conteúdos para algumas séries. Em um certo momento elas podem gerar capítulos de livros também.
11- Existe algum ponto de interseção entre alguns P.I.’s?
Alguns Programas Institucionais se relacionam mais do que os outros. Converso muito com o PI de cidades, que tem a coordenação de Cristiano Borba. O Multilab será um local onde isso pode acontecer.