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Saiba mais sobre os Programas Institucionais da Fundaj: PI 2: Educação e Relações Étnico-raciais
O programa se assenta sobre dois eixos: a) tematicamente, etnicidade, cultura e políticas públicas; b) estrategicamente, na articulação com movimento e organizações sociais, a academia e agentes públicos, envolvendo atividades de pesquisa, formação, divulgação científica e difusão cultural em diferentes combinações, conforme indicado no seu rol de projetos. O programa visa a incidir nas políticas públicas de educação para a promoção da igualdade étnico-racial, com foco nos desafios regionais e nas perspectivas globais do Brasil e da América Latina, a partir do compromisso com o enfrentamento do racismo e das desigualdades que o sustentam e com a promoção dos direitos humanos. Transversalmente ao eixo temático, serão exploradas as seguintes temáticas:
Desigualdades socioeconômicas e culturais
- Gênero
- Religião
- Direitos Humanos
- Infância e Juventudade
O programa representa a retomada de um debate e uma contribuição histórica da Fundaj, que remonta ao seu fundador, Gilberto Freyre, e à própria trajetória institucional. Trata-se, porém, de ir além desse legado, no sentido de responder às urgentes questões vivenciadas pelo Brasil no que se refere ao enfrentamento de persistentes desigualdades sociais e à promoção de uma convivência pluralista de suas diferenças étnicas e culturais.
A entrevista em vídeo você assiste na página da Fundação Joaquim Nabuco no Facebook
Perfil: Joanildo Burity
Coordenador do Programa Institucional (P.I. 2) “Educação e Relações Étnico Raciais”
Formado em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com Mestrado (Universidade Federal de Pernambuco) e Doutorado (Universidade de Essex/ Inglaterra) em Ciências Políticas, Joanildo Burity é servidor da Fundação Joaquim Nabuco desde 1988. O pesquisador ainda passou um período de estágio pós-doutoral na Universidade de Westminster, em Londres. O tema principal da sua pesquisa é Religião, diversificando as sub áreas de interesse em questões referentes à Cultura e Identidade e Movimentos Sociais.
1- Sobre o que o Programa Institucional que você coordena?
O Programa de Educação e Relações Étnico Raciais surgiu a partir de uma discussão que envolveu muita gente, não só da Fundação, mas também da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), além de pessoas do Programa de Iniciação à docência, o PIBID, de várias universidades do Brasil. O programa tem foco na questão da etnicidade, especificamente a afro-brasileira e a indígena, abordado através de temas transversais.
2- Quantas pessoas atuam no P.I.2?
Nós começamos com um grupo de mais de 70 pessoas entre pesquisadores, professores universitários e estudantes. Infelizmente, algumas pessoas, por diversas razões, não puderam continuar. Hoje, portanto, temos cerca de 50 pessoas.
3- Há algum tipo de parceria com outras instituições ou empresas?
Temos parcerias com várias universidades públicas do país, além de algumas faculdades, como a Faculdade Luterana no Rio Grande do Sul. Temos universidades estaduais e federais envolvidas na execução e outras que participaram da concepção do programa.
4- Como vocês chegaram até essas universidades parceiras?
Já tínhamos vínculo de pesquisa e alguns contatos. Chamamos esse pessoal e eles toparam a ideia. No momento, por exemplo, temos um projeto realizado em Fortaleza, em parceria com a Universidade do Estado do Ceará. Temos também algumas oficinas que serão realizadas no Pará. Através desses parceiros locais, tentamos alcançar outros grupos fora da academia.
5- Quais são os projetos do Programa Institucional que você coordena?
Ainda não temos nenhum projeto concluído, já que o P.I. começou no ano passado. Estamos em fase de produção. Temos alguns produtos estão saindo à medida que algumas etapas vão sendo concluídas. Há algumas publicações que saíram de um projeto chamado “Coleção: Documentos de História Afro-Brasileira”. Temos alguns vídeos produzidos no âmbito do projeto “Trocas Atlânticas”. Algumas oficinas foram realizadas e as pessoas que participaram estão colocando o que foi aprendido na prática. Temos também um seminário permanente que realizamos entre quatro e seis vezes por ano, às vezes na própria Fundaj, às vezes em outros locais.
6- Há algum produto voltado para estudantes?
Temos projetos que alunos da iniciação científica e alunos do mestrado estão envolvidos. Essas pessoas podem produzir artigos ou livros com os resultados gerais das oficinas. É um material que atenderá ao público acadêmico e que terá um resultado imediato.
7- O Programa Institucional que você coordena se relaciona com outro P.I.?
Em termos de atividades conjuntas temos o Programa Institucional de Valorização do Trabalho Docente. Temos, inclusive, pessoas que atuam nos dois P.I.’s em que as atividades se cruzam com a temática étnico racial. A gente também tem uma vinculação com os programas de pós-graduação da Fundação Joaquim Nabuco. Os dois mestrados têm uma relação direta com a temática do P.I..
8- Qual a importância desses P.I.’s para a Fundação?
Além da importância dos temas em si que foram definidos porque a instituição identificou os temas como estratégicos, eles são assuntos que já são tradicionais na Fundaj. É importante implantar uma sistemática de planejamento e execução de atividades da Fundação, como a pesquisa, a cultura e a formação. Temos a vontade de integrar essas atividades com os servidores e técnicos para que todas possam trabalhar juntos.