Educação, Governança e Sustentabilidade
A sustentabilidade tem o significado de desafio estratégico para o desenvolvimento social, dado que além do seu caráter técnico, sobressai o aspecto político que se encontra na base dos processos decisórios nos mais diversos campos de atuação humana. Neste contexto, considera-se que a Educação é estratégica para o fortalecimento desse valor civilizatório que é a sustentabilidade. Isto pressupõe explicitar que como toda prática social, a educação pode servir para manter ou alterar um determinado estado de coisas. Todavia, não é qualquer educação que pode levar à emancipação, à construção de novos valores e atitudes na relação da sociedade com o ambiente da qual ela faz parte. Assim, o fortalecimento do paradigma da sustentabilidade implica atuar diretamente nas dimensões educacionais e culturais como espaços de constituição de valores e atitudes. A proposta constitui, a priori, na integração e fortalecimento dos trabalhos desenvolvidos nos diversos setores da Fundaj, dialogando com as diferentes expertises tanto internamente como nos diversos espaços de discussão presentes nas diversas associações, conselhos e sociedades científicas com o propósito de buscar respostas às questões prioritárias frente ao processo de desenvolvimento em curso no país.
CLIMAP- Transformações das Políticas face às Mudanças Climáticas na América Latina
O projeto propõe uma análise comparativa das variáveis políticas e sociais em resposta às questões e aos desafios das mudanças climáticas (MC) na América Latina. A pesquisa estuda as transformações da ação pública e dos instrumentos de política agrícola e florestal face às MC no Brasil com um olhar comparativo no Chile e na Colômbia. As metas estabelecidas são: 1. fazer um inventário dos instrumentos de políticas públicas e mobilização de atores; 2. compreender as representações sociais relativas aos riscos envolvidos, os cenários de mobilização e a percepção dessas políticas pelos atores socias; 3. analisar a elaboração de políticas através de alianças de interesses que elaboram essas políticas e instrumentos; 4. examinar a implementação de políticas e instrumentos desenvolvidos, especialmente a sua coordenação inter-setorial e multinível e sua capacidade de produzir bifurcações em termos de trajetórias de desenvolvimento e descarbonização. O estudos são realizados em São Paulo (costa sul), Pernambuco (semiárido Nordeste) e Pará (Amazônia), na Colômbia e no Chile central.
Coordenador: Neison Freire
Contato: neison.freire@fundaj.gov.br
A ecologia política da pesca de crustáceos em manguezais no Nordeste
A pesca de crustáceos nos mangues nordestinos é uma atividade antiga, difundida, importante em termos territoriais e de segurança alimentar. É, por outro lado, uma atividade sensível e vulnerável social e ambientalmente. Apesar dessa complexidade, é pouco visível nas políticas públicas, e os catadores de crustáceos tem pouca participação política formal, mesmo entre os próprios pescadores artesanais. Esta pesquisa tem o objetivo de estudar a ecologia política da pesca de crustáceos (caranguejos, guaiamuns, aratus e siris) em cinco paisagens estuarinas do Litoral Nordeste do Brasil, em termos dos conhecimentos e práticas dos catadores, de suas condições de vida, da ecologia das espécies capturadas e das políticas públicas para o litoral brasileiro. Tem ainda um componente de intervenções que, por meio de oficinas, permitirão a produção de subsídios para o monitoramento participativo dos crustáceos em áreas de conservação, além de material pedagógico e uma exposição itinerante. Espera-se assim colaborar para a visibilidade pública destes grupos tradicionais e para a manutenção sustentável de suas atividades e das espécies utilizadas.
Coordenador: Pedro Silveira
Contato: pedro.silveira@fundaj.gov.br
Planejamento e Gestão Urbana e Ambiental: projeto de formação para o ordenamento sustentável do território local e microrregional
A pesquisa investiga dados primários e secundários, questões socioambientais locais ou microrregionais, problemas afins reconhecidos socialmente ou mesmo aqueles que poderiam fazer parte de agendas políticas ambientais. A pesquisa também terá foco em alunos potenciais, gestores públicos e lideranças locais da sociedade civil organizada, educadores ou educados da rede pública
Coordenador: Antônio Jucá
Contato: antonio.juca@fundaj.gov.br
Unidades de conservação como lugares educadores
Em princípio se considera objetos do estudo a Reserva Extrativista (Resex) Acaú-Goiana, o Parque Nacional (Parna) do Catimbau, a Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, o Monumento Natural (Mona) do Rio São Francisco e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Estadual Ponta do Tubarão, abrangendo áreas dos Estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia e Rio Grande do Norte.
Todos os atores das escolas localizadas em Unidades de Conservação de Uso Sustentável e no entorno de Unidades de Conservação de Proteção Integral, mais a as comunidades relacionadas a estas UCs e seus gestores, e os visitantes das mesmas serão o público alvo da pesquisa. Para definição da amostra pretende-se incluir escolas públicas e particulares nas diversas modalidades de ensino e projetos de educação não formal.
Coordenador: Solange Coutinho
Contato: solange.coutinho@fundaj.gov.br
INCT Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas
OINCT integra várias instituições universitárias e de pesquisa, com participação de pesquisadores e docentes. A Fundaj integra esse INCT com quatro pesquisadores: Cátia Lubambo, Neison Freire, Diogo Helal e Alexandrina Sobreira. Os INCTs têm importância prioritária na política de governo. O selo do INCT foi conferido, em março de 2017, pela Equipe INCT/CNPq - Coordenação de Apoio a Parcerias Institucionais - COAPI/CGNAC, na perspectiva de facilitar a negociação com eventuais empresas interessadas na execução dos projetos envolvidos. Representa chancela do CNPq atestando a competência do grupo de pesquisadores/instituições envolvidos na proposta. A coordenadora dos Programas Institucionais Cátia Lubambo integra o comitê gestor do INCT