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Análise da mortalidade materna fetal e infantil por Covid-19 no estado de Pernambuco
Coordenação: Cristine Bonfim
Descrição: O surgimento de um novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, e a doença respiratória potencialmente fatal que ele pode produzir, COVID-19, se espalhou rapidamente pelo mundo, criando um enorme problema de saúde pública. O tipo de pneumonia causada pela COVID-19 é uma doença altamente infecciosa, e o surto em curso foi declarado pela Organização Mundial de Saúde como uma emergência global de saúde pública. Os resultados obstétricos da COVID-19, incluem morbidade e mortalidade materna, transmissão materno-fetal do vírus e infecções perinatais e morte de neonatos. O objetivo desse projeto consiste em analisar a distribuição espacial, os aspectos epidemiológicos, clínicos e assistenciais dos óbitos maternos, fetais e infantis relacionados à COVID-19 no estado de Pernambuco. Para tanto, serão utilizados dados secundários provenientes do Sivepe-gripe, do Sistema de Informações sobre Mortalidade, Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e das planilhas de monitoramento dos casos e óbitos por COVID-19. Será feita a análise da completude desses bancos. Análise de estatística descritiva para caracterização dos óbitos maternos, fetais e neonatais. A análise da distribuição espacial dos mapas cartográficos e apresentação taxas brutas de mortalidade. A análise dos dados espaciais irá utilizar a técnica de suavização das taxas brutas de mortalidade infantil e fetal, e da razão de mortalidade materna pelo método baeysiano empírico local. Espera-se que os resultados do estudo contribuam com a vigilância do óbito materno, fetal e infantil, com o aprimoramento das informações. Ademais, o estudo constitui uma oportunidade para ampliar o conhecimento sobre a real magnitude dos óbitos maternos, fetais e neonatais precoces por Covid e seus determinantes com representatividade estadual. Por utilizar dados secundários coletados de forma padronizada, reduz custos, otimiza tempo e traz conhecimento para a prática e intervenção em tempo oportuno. Pode subsidiar a orientação de políticas públicas para reorganizar a rede de assistência ao parto e nascimento no estado. Ao identificar áreas de maior vulnerabilidade assistencial podem ser sugeridos novos arranjos de equipamentos e redesenho da rede de atenção, programas de capacitação, entre outras intervenções.