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A pesca artesanal no Rio São Francisco: condições ambientais e de trabalho das mulheres pescadoras
Coordenação: Izaura Fischer e Lígia Melo
Resumo: Esta pesquisa utilizou a metodologia qualitativa e teve como técnicas de apreensão dos dados, entrevistas, observação e análise documental. Foi desenvolvida em 23 municípios ribeirinhos do rio São Francisco e foram realizadas 131 entrevistas, a maioria com mulheres. Participaram também homens pescadores, técnicos de órgãos públicos, ONGs e professores. Estudar a questão das mulheres no âmbito ribeirinho do Rio São Francisco significa identificar as relações socialmente estabelecidas entre homens e mulheres pescadoras na esfera familiar e pesqueira do Rio São Francisco, que sofre com ações antrópicas que provocam assoreamento, desmatamento e poluição acarretando a diminuição e extinção de espécies de peixes. As relações de gênero secularmente desiguais apresentam evolução quando mulheres, por exemplo, conduzem barco a motor, atividade tradicionalmente masculina. Apesar disso, as mulheres são mais vulneráveis ao setor pesqueiro, sofrendo, portanto, a (in)visibilidade. No espaço doméstico o trabalho da mulher permanece invisível. A Educação também foi contemplada com uma discussão sobre complementaridades e conflitos com atividades relativas à pesca artesanal, buscando avaliar como poderia contribuir para a proteção, por meio do uso sustentável, dos ambientes que dão suporte à pesca artesanal no Rio São Francisco.