Tecnologia na educação pública em PE no centro do debate da série “Pandemia e Sociedade” da Fundaj
Temática foi abordada virtualmente nesta sexta-feira (12) por comunicólogo e professoras
A educação pública por meio da tecnologia, especificamente no Estado de Pernambuco, foi discutida em mais uma edição da série “Pandemia e Sociedade”, ciclo de palestras virtuais iniciado no dia 29 de maio deste ano pela Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes) da Fundação Joaquim Nabuco, no canal do YouTube da Fundaj. Com 1h30 de duração, o debate aconteceu na manhã desta sexta-feira (12).
Mediado pela pesquisadora da Fundaj Cibele Rodrigues, da Coordenação Geral do Centro de Estudos de Cultura, Identidade e Memória (Cecim), o encontro online contou com a participação do comunicólogo e diretor-presidente da Empresa Pernambuco de Comunicação (EPC) Gustavo Almeida, da professora do Programa de Pós-graduação em Educação, Culturas e Identidades (PPGECI) da Fundaj Flávia Peres e da Gerente Regional de Educação (Gre) da Mata Centro (PE) e professora da rede estadual de Pernambuco Kátia Monteiro.
O comunicólogo Gustavo Almeida, que dirige a TV Pernambuco, abriu a discussão acerca da educação ressaltando a importância de um sistema público de radiodifusão. “A comunicação pública é um elemento central para a difusão dos aspectos sociais e culturais para o povo e para a democracia da informação. Diferentemente da TV comercial, a pública é um espaço de vez e voz por ser financiada pelo povo e pelo contribuinte. Com o avanço da tecnologia, as pessoas passaram a ser produtoras ativas de conteúdo”, disse.
Já a professora da rede estadual de Pernambuco Kátia Monteiro salientou que há muitos estudantes praticamente sem acesso à tecnologia. “A falta de informação é uma realidade para muita gente. Além da vulnerabilidade, da ameaça da doença (Covid-19), do desemprego, da fome e da luta pela manutenção do bem-estar da família, alunos e alunas sofrem por não terem condições do mecanismo remoto. O desafio é justamente atingir todos, então a transmissão de programas por meio do rádio e da televisão é uma estratégia para levar conhecimento”, declarou.
Por fim, a professora do Programa de Pós-graduação em Educação, Culturas e Identidades (PPGECI) da Fundaj Flávia Peres acentuou que as incertezas do futuro exigem uma reinvenção permanente.
“Ainda não conseguimos uma transformação mais consistente nos contextos educacionais. Pode haver uma maior familiaridade com a tecnologia, mas sem uma transformação social não faz sentido. Com distanciamento social, essa discussão de algum modo ressurge. Isso não quer dizer que vamos conseguir uma transformação maior. Acredito que exista um potencial de transformação, mas precisamos priorizar os aspectos éticos e políticos. Essa amplitude passa pela educação”, pontuou.