Parcerias da Fundaj são destacadas no Seminário III dos Programas Institucionais
A sala Gilberto Freyre, na Fundação Joaquim Nabuco, recebeu na manhã desta terça-feira (31) o “III Seminário dos Programas Institucionais”, com o tema “Internacionalizando Parcerias”. Desde outubro de 2016, quando os P.I.’s foram implantados, o objetivo é construir um ambiente de conhecimento e pesquisa com resultados que serão partilhados entre a sociedade civil, o mundo acadêmico e o setor público. “Os Programas Institucionais têm focado no conjunto de várias ações. Nesse contexto, criamos uma tentativa de caráter estratégico para alargar nossas ações, não visando somente valores territoriais, mas também no sentido de alargar nossas fronteiras de conhecimentos temáticos”, disse Cátia Lubambo, coordenadora dos Programas.
O projeto ocorre de seis em seis meses e dura até o ano de 2019. O primeiro seminário teve por objetivo apresentar o tema escolhido de forma circunstancial no debate acadêmico e nas esferas de ação de gestores e outros atores da sociedade civil. O segundo teve propósito de trazer para a Fundaj alguns dos parceiros que também têm se dedicado ao tema e que já iniciaram articulações institucionais para projeto e ações. O seminário III foca em aproximar ainda mais os parceiros, dessa vez no âmbito reconhecidamente internacional, que estejam envolvidos com os projetos e que estão delineando resultados até o final do ciclo (2016-2019).
A abertura do III Seminário foi feita pelo presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Luiz Otávio Cavalcanti. Logo em seguida, Joanildo Burity, pesquisador da casa, fez a mediação da mesa “As relações Étnico-raciais no ensino de história da África”. Roberto Rocco, da Universidade de Tecnologia de Delft na Holanda, em cooperação com o Programa Institucional “Educação pela Cidade”, participou da segunda mesa “Educação para a cidade que precisamos”, mediada pelo pesquisador Cristiano Borba.
De acordo com Roberto Rocco, cada indivíduo precisa ter a noção social que está propondo. “Precisamos ter a participação dos diversos setores da sociedade. Essa participação acrescenta, esclarece e informa. Por exemplo, precisamos alinhar todos os objetivos e interesses para um bem público de forma geral”, disse.
Já a terceira mesa do dia teve como objetivo apresentar a proposta desenvolvida em conjunto com o Gestrado/UFMG. Com a mediação de Viviane Toraci, coordenadora do Programa Institucional 1 “Valorização Docente na Educação Básica”, Lívia Ferreira, representante do Gestrado/UFMG, explicou como está sendo desenvolvida a Escola Doutoral. “Estamos desenvolvendo uma Escola Doutoral, que também pode ser chamada Escola de Verão. Esse projeto está registrado no âmbito da Associação Internacional em Pesquisa e Educação. É uma espécie de rede de associação. nacional e internacional. Incentiva o desenvolvimento de pesquisas no campo das políticas educacionais”, afirmou Lívia.
A quarta mesa do dia foi mediada por Cibele Rodrigues, coordenadora do Programa Institucional 4 “Territórios de Educação e Cultura”. Com o tema “Mais tempo, mais direitos? Uma análise das políticas educativas de ampliação da escolarização”, a professora da Universidade Nacional de General Sarmiento e da Universidade de Buenos Aires, Nora Gluz, dentre outros assuntos, falou sobre projetos de extensão da jornada escolar no cenário latino americano e sobre algumas políticas de inclusão.
O III Seminário dos Programas Institucionais foi encerrado com a mesa “Argentina, Bolívia e Colômbia: Polissemias, controvérsias e desafios para a promoção da igualdade étnico-racial (2000-2017)”. Mediada por Cibele Barbosa, coordenadora do P.I. 2 “Educação e Relações Étnico-raciais”, e com a presença de Marcos de Araújo, pós-doutor em Sociologia pela UFPE, o encontro girou em torno das demandas por políticas públicas relacionadas à desigualdade racial. “Essa pesquisa tem como principal preocupação estudar as políticas sobre desigualdade racial nesses países e perceber as diferenças no desenvolvimento delas em toda a América Latina.”, afirmou o palestrante.