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Visita Acessível recebe adolescentes do Projeto Empodera
Meninos e meninas de 12 a 17 anos tiveram uma verdadeira imersão artística e cultural, nesta sexta-feira (5), no campus Gilberto Freyre da Fundação Joaquim Nabuco. O Projeto Visita Acessível proporcionou uma mediação cultural à Cinemateca Pernambucana e ao Museu do Homem do Nordeste, além de exibir a Sessão Escola, com curtas da Cinemateca, na sala do Cinema da Fundação/Museu.
“A presença das escolas na Fundaj é de extrema importância para que os estudantes possam ser afetados pelos desdobramentos da arte e da educação. A visita aos espaços culturais e o debate sobre as obras e sobre os filmes fortalece um olhar crítico e inclusivo. Além disso, os estudantes podem conhecer e ocupar um espaço cultural público, construindo uma formação acolhedora para um novo público”, afirmou o monitor da Coordenação de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Túlio Rodrigues.
Participaram dessa experiência adolescentes da Escola Municipal Almerinda Umbelino de Barros (Vasco da Gama) e do Centro Educacional Social e Cultural (Cesc Coqueiral). Os dois grupos foram levados pelo Projeto Empodera, da Secretaria da Mulher da Prefeitura do Recife, que visa contribuir com o processo de formação cidadã dos jovens. Ao chegarem na Fundaj, eles foram acolhidos pela presidenta, a professora doutora Márcia Angela Aguiar e instruídos pelos educadores dos equipamentos culturais da instituição: Túlio Rodrigues, Ângelo Araújo, Ingrid Xavier, Luanna Santos e Vitória Victor.
Na Cinemateca, conheceram a história das produções audiovisuais do estado de Pernambuco. Além de entenderem sobre o funcionamento de objetos antigos, expostos na Sala Mauro Mota, como a câmera apelidada de “mudinha”. O material era usado para fazer filmagens de jogos de futebol, mas não captava sons. Os alunos também bateram um ótimo papo sobre a acessibilidade da arte e a necessidade de torná-la acessível para todos e não somente a elite.
No Muhne, aprenderam sobre cultura popular e sobre as influências holandesa, indígena e africana na cultura pernambucana. Todos se encantaram com o rico acervo que o Museu apresenta e acompanharam atentos a explicação do mediador. “No nosso projeto, oferecemos oficinas que trabalham a arte e as temáticas da identidade, raça, igualdade social, cidadania e sustentabilidade. Para ensinar sobre essas questões, também oferecemos passeios, e quando colocamos alguns lugares em votação, os alunos escolheram a Fundaj, que apresenta todo esse leque de áreas”, afirmou a arte-educadora do Empodera, Amanda Ramos.
No Cinema, eles assistiram aos filmes “Maracatu Maracatus”, de Marcelo Gomes e “Salu e o Cavalo Marinho”, de Cecília da Fonte Alves. Nesse último, muitos tiveram a experiência, pela primeira vez, de conhecer um filme com os recursos de audiodescrição e libras. No final, a garotada também conferiu a obra “Recife de Dentro Pra Fora”, de Kátia Mesel, que esteve presente para participar de um rico debate pós-sessão com os estudantes.