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Unidade de Artes Visuais da Fundaj promoveu exibição de videoartes produzidas em oficina
As videoartes produzidas na oficina "Entre Imagem e Movimento: Oficina de Videoperformance e Investigação Corporal" foram exibidas na última quinta-feira (20), na Sala João Cardoso Ayres, localizada no Campus Ulysses Pernambucano da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Derby. A atividade reuniu os participantes da oficina, que compartilharam suas experiências no processo de criação e refletiram sobre as influências em suas produções. A atividade foi conduzida por Julia Moura e Mylenna Matos, arte-educadoras da Unidade de Artes Visuais da Fundaj, com a participação de Ana Carmen Palhares, coordenadora da Unidade que é vinculada à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca).
A iniciativa teve como ponto de partida o acervo de videoarte da instituição, reforçando o compromisso da Fundaj com a preservação e o estímulo ao uso desse material preservado. “Uma das grandes riquezas da Fundação Joaquim Nabuco é o seu acervo, que precisa estar vivo e acessível ao público. Esse patrimônio não apenas preserva a história, mas também inspira novas investigações e criações artísticas. As videoartes resultantes da oficina são um exemplo desse processo, em que o acervo serviu como ponto de partida para experimentações e reflexões. Durante a oficina, os participantes puderam não apenas acessar e estudar o acervo, mas também desenvolver suas próprias produções, que foram apresentadas em uma sala de projeção. Esse momento representou uma troca significativa de conhecimento e experiências para os participantes”, destacou Ana Carmen.
Após a exibição, houve um amplo debate sobre as produções, abordando conceitos como videoarte, videoperformance e cinema expandido, além dos desafios técnicos e conceituais da criação audiovisual. Os participantes refletiram sobre a experiência sensorial e emocional envolvida em cada obra, ressaltando a importância da experimentação e da pesquisa no desenvolvimento das videoartes.
"Foi um momento muito importante para rever o que foi produzido durante a oficina, assistir novamente às performances e realizar uma edição coletiva. Resgatar esses momentos e olhares sobre o processo da oficina, em que experimentaram diversas formas de expressividade, foi significativo. Além disso, a culminância desses vídeos teve grande relevância. Também tivemos um momento de reflexão, em que recebemos a avaliação dos outros sobre os vídeos produzidos, o que se tornou uma forma de aprendizado muito rica", reforçou Julia.
Apresentação das Videoartes
As obras produzidas exploram diferentes dimensões da relação entre corpo, identidade e espaço, organizadas em três eixos temáticos:
"Eu com o Eu"
Investigação Corporal (Filipe Ramalho | Câmera: Alice Maria): Videoperformance baseada na experimentação de movimentos e improviso, proporcionando uma investigação intuitiva do corpo.
Ciclos (Priscila Nascimento): A obra reflete sobre o movimento contínuo entre crença e descrença, simbolizado pelo entrelaçamento das mãos e pela dança da vida, onde o fim representa um novo começo.
"Eu com o Outro"
O Eremita (Ingrid Veloso e Célia Regina): Explora o processo de recolhimento e introspecção, refletindo sobre os ciclos da vida e a sabedoria adquirida no percurso.
Caminho(s)eguro (Franklin Menezes e Felipe Trindade): Videoperformance que percorre a jornada do tempo e da memória, explorando a reconstrução da identidade a partir das experiências vividas.
Entremeados (Filipe Ramalho, Alice Maria, Lua Lim e Carícia Nomy): Investigação da relação entre histórias, cores e energias, utilizando como cenário a Praça do Derby, local de memória e transformação social.
"Eu com o Espaço"
Corpo em Trânsito (Alais Santos): A obra investiga como o corpo dialoga com o espaço urbano, percorrendo um trajeto da Fundaj até a Praça do Derby como campo de investigação e ressignificação do ambiente.