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Turma da Especialização em Museus, Identidades e Comunidades recebe certificados de conclusão do curso
É no museu que preservamos memórias e identidades, entendemos tradições e desenvolvemos transformações sociais. Esses conceitos fizeram parte do que foi passado aos 34 egressos do curso de Especialização em Museus, Identidades e Comunidades, promovido pela Fundação Joaquim Nabuco, que receberam seus certificados de qualificação, na última quinta-feira (09), em cerimônia na Sala Aloísio Magalhães, no campus da Fundaj do Derby. A formação integra o Programa Institucional (PI 4) Territórios de Educação e Cultura, coordenado pela pesquisadora Cibele Rodrigues da Diretoria de Pesquisas Sociais, promovendo a atividade multidisciplinar na Fundaj.
O diretor de Formação Profissional e Inovação, Wagner Maciel, aproveitou a oportunidade para agradecer aos estudantes e celebrar as reaberturas dos equipamentos da Fundação Joaquim Nabuco. "É muito gratificante ver a Fundaj voltando a se encontrar com o público. Em nome da Fundação, eu quero agradecer a todos que compareceram. Estamos retribuindo o trabalho à sociedade", ressaltou.
Além de receber os certificados, os formandos assistiram à palestra "Experiência pioneira de educação patrimonial no Engenho Massangana (1984)", da museóloga Maria de Lourdes Parreiras Horta. A palestrante, que também introduziu no Brasil o conceito e a metodologia que intitulou de Educação Patrimonial, falou sobre memória, patrimônio e destacou o Projeto Massangana. "Foi uma experiência onde levamos crianças e professores para viver um dia no Engenho Massangana como se estivessem em 1857", explicou. Na ocasião, Horta ainda recebeu do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mario Helio, a Medalha Gilberto Freyre, que não pôde receber em 2019, quando o Museu do Homem do Nordeste completou 40 anos. Ela também foi presenteada com o livro "Museu do Homem do Nordeste em 40 Objetos", que teve organização de Henrique Cruz e Marília Bivar.
Formação
Ao longo de dois anos de formação, os alunos puderam desenvolver novos conhecimentos de como incorporar a reflexão crítica sobre as práticas museais sociocomunitárias, atuando em iniciativas de memória e patrimônio. Os concluintes tiveram a oportunidade também de aprofundar reflexões sobre ecomuseus e museus comunitários, além de relacionar diversas perspectivas sobre o panorama atual da Museologia nacional, latino-americana e internacional.
O curso foi coordenado por Cláudia Braga e Henrique Cruz e foi direcionado a museólogos, profissionais de museus, professores, profissionais que atuam em iniciativas comunitárias de cultura, memória e patrimônio, além de pessoas interessadas e com experiência nas temáticas. A especialização foi dividida em quatro módulos, com disciplinas que abordaram museus virtuais e patrimônio digital, inventário participativo, memória e movimentos sociais e sustentabilidade aplicada a museus.
"Nessa especialização tivemos a oportunidade de estar com os melhores professores do país. O melhor do curso foi a construção coletiva da turma e a conclusão foi um desafio porque foi no início da pandemia do coronavírus", lembrou Roselia Adriana Rocha, museóloga pela Universidade Federal de Pernambuco e concluinte da formação.
A professora Solange Carvalho foi responsável por ministrar as aulas de Produção de Texto Científico, no quarto módulo do curso, e estava presente na entrega dos certificados. "Os pós-graduandos precisam dessa base para a produção de textos científicos, como elaboração de artigos e a experiência foi incrível", comentou.
Ao longo do curso, foram realizadas visitas técnicas a espaços, monumentos históricos, artísticos, religiosos, terreiros de religião de matriz africana e ameríndia. Alguns desses equipamentos foram o Sítio de Pai Adão, o Parque Armando de Holanda Cavalcanti, o Engenho Massangana, a Ilha de Deus, a Comunidade Quilombola de São Lourenço no Município de Goiana e o Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte (Laborarte) da Fundaj.