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Tradições nordestinas celebradas em espetáculo natalino na Fundaj
Reisados, lapinhas, pastoris, boi de reis, cavalo-marinho, boi bumbá e brinquedos populares. As tradições nordestinas protagonizaram o segundo dia da programação do Natal da Esperança da Fundação Joaquim Nabuco, nesta segunda-feira (14). O espetáculo “Quando a estrela corre o céu”, produzido especialmente para a Fundaj pelo dramaturgo e escritor Ronaldo Correia de Brito, faz um paralelo sobre o par de opostos entre sagrado e profano, épico e burlesco, presente nos teatros de Shakespeare e Molieri, e permanente na dramaturgia nordestina. No domingo (13), o público foi agraciado com a apresentação da Orquestra Bachiana Filarmônica. Promovida pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), a programação natalina da Fundaj segue até terça-feira (15), com a abertura das exposições Presente de Natal e Pinacoteca- Ensaio 1. O evento está sendo transmitido pelo canal da Fundaj no YouTube.
"Recebemos com muita alegria, a proposta da Fundação Joaquim Nabuco de criar um especial para o Natal. De todas as festas, dos ciclos brasileiros, nenhuma foi tão vulnerável à entrada da cultura européia e Norte Americana, o chamado Natal Gelado, de renas e Papai Noel. Tudo isso é muito distante deste Natal que fizemos para a Fundaj”, disse Ronaldo Correia de Brito.
"Quando uma estrela corre o céu" tem duração de 50 minutos. Sua produção durou cerca de quatro meses.
As composições musicais foram assinadas pelo dramaturgo em parceria com Antônio Madureira e Assis Lima, com produção de Tainá Menezes e direção de Thomas Brandão. A apresentação é composta por orquestra de cinco músicos (instrumentos: flauta, violão, percussão, acordeon e bandolim), dois solistas e dois atores, um representando o mestre e o outro o Matheus. O espetáculo ficará disponível no YouTube da Fundaj e também para uso da coordenação de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste utilizar no projeto “Museu vai à escola”.
Já no Cinema da Fundação/Museu foi exibido o filme Morte e Vida Severina, de Wa no Cinema da Fundação/Museu, adaptação de Walter Avancini (1981) da obra homônima de João Cabral de Melo Neto. "Sendo sobre o nascimento, sendo sobre a vida, é também uma reflexão sobre as agruras de sobrevivência. Termina exatamente com o nascimento de uma criança que, metaforicamente, pode ser Jesus. E pode ser cada um de nós. Pode ser cada um dos Severinos que lutam todos os dias, em todos os Natais, pela sobrevivência e por conseguir o pão de cada dia. Então é tanto uma mensagem de esperança, como uma mensagem de beleza. Uma grande obra que reflete outra obra", comentou o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mario Helio, sobre o filme.
Para o público infantil, a Coordenação de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste produziu a oficina “Criando uma miniatura de Bumba-meu-boi”. Utilizando rolinho de papel higiênico, lápis, tesoura, cola, cartolina ou cartão, a educadora Jamille Barros ensinou o passo a passo do brinquedo. O bumba-meu-boi é uma das representações folclóricas mais importantes do ciclo natalino nordestino. "A ideia é que consigam fazer em casa um boi colorido, festivo”, explicou a educadora, lembrando que a oficina segue disponível no YouTube da Fundaj.
Natal da Esperança da Fundaj
Programação dia 15 (terça-feira)
15h— Lançamentos da exposição e do fac-símile da revista Presente de Natal
Cibele Barbosa, pesquisadora do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Mello Franco De Andrade (Cehibra)
16h — Exposição Presente de Natal (*)
Acervos do Museu do Homem do Nordeste e do Cehibra
(*) A abertura da exposição será online. Em seguida, a mostra seguirá em cartaz na Sala Waldemar Valente, campus Casa Forte
16h30 — Exposição Pinacoteca - Ensaio 1 (*)
(*) A abertura da exposição será online. Em seguida, a mostra seguirá em cartaz no Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, campus Casa Forte
17h— Encerramento | Apresentação do Coral da Fundaj