Tecnologia e educação são temas abordados em aula inaugural de 2023.2 do ProfSocio/Fundaj

Refletir sobre a relação entre as humanidades digitais e a educação foi a proposta da aula inaugural do Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional da Fundação Joaquim Nabuco (ProfSocio/Fundaj), que está no âmbito da Diretoria de Formação Profissional e Inovação (Difor). O encontro, que dá o pontapé inicial para o semestre 2023.2, aconteceu nesta segunda-feira (14), na sala Gilberto Osório, do campus Anísio Teixeira da instituição, em Apipucos, reunindo estudantes.

“Estamos muito animados para esse início de semestre. A turma que ingressou no início do ano está cursando as disciplinas obrigatórias e eletivas e teremos muitas atividades ligadas ao ProfSocio nos próximos meses”, contou o Doutor em Ciências Sociais e coordenador do ProfSocio/Fundaj, Pedro Silveira. Ele vai ministrar Teoria das Ciências Sociais 2, disciplina da área de Antropologia, que vai discutir temas ligados à diversidade cultural e social e a relação entre os estudos antropológicos e a prática docente.

A aula inaugural foi realizada pela pesquisadora Viviane Toraci, que é coordenadora do Laboratório Multiusuários em Humanidades (multiHlab), iniciativa vinculada ao ProfSocio. Em sua apresentação, Viviane Toraci destacou como a interseção entre humanidades e tecnologia tem implicações significativas para a educação. A pesquisadora abordou as formas como as ferramentas digitais podem ser utilizadas em sala de aula para permitir o acesso a recursos e informações, além de contribuir para a preservação e conservação do patrimônio cultural.

"Queria levantar a questão da nossa relação atual com o conhecimento já construído e as possibilidades da construção de novos conhecimentos. Mais do que pensar nas humanidades digitais no campo da educação, a gente precisa pensar na nossa relação com as máquinas e como a gente atua no campo da educação com a produção do conhecimento dado e do conhecimento novo", explicou a coordenadora do multiHlab.

Em sua apresentação, Viviane Toraci destacou como a tecnologia pode permitir que os estudantes tenham contato direto com o patrimônio cultural e histórico e possam ter uma participação mais ativa nas aulas, por meio da análise e visualização de dados, colaboração e participação, alfabetização digital e habilidades tecnológicas. Ao término da aula, o grupo debateu os temas propostos, levantando reflexões sobre o papel do professor e as origens das ferramentas tecnológicas, assim como a importância de se ter uma orientação do uso dessas ferramentas.

Para Eduardo Maia, professor de Sociologia na Rede Estadual de Alagoas, o ProfSocio está sendo proveitoso, visto que a turma está fazendo aperfeiçoamento na prática didática e metodologias. Sobre o tema abordado na aula inaugural, ele destacou os desafios que enfrenta para implementar tecnologias digitais onde trabalha. "A estrutura da escola me limita em vários sentidos: a sala é apertada e barulhenta, nem sempre eu tenho um projetor disponível para utilizar, então às vezes a gente fica um pouco frustrado, mas ao mesmo tempo eu percebo que, quando utilizo, as aulas ficam mais proveitosas".

Também professor de Sociologia, na Rede Municipal de Escada, João Pedro da Silva participou do acolhimento aos alunos e explicou que está desenvolvendo seus estudos na temática de sociabilidades mediadas por tecnologias digitais. "É um tema em que já estou inserido e tem total relevância. Essas aulas inaugurais têm nos deixadoí mais instigados para pesquisar e também afeta um pouco a nossa sensibilidade", contou.