Notícias
Sítio arqueológicos e comunidades quilombolas e indígenas do Baixo São Francisco serão pesquisados
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) lançaram nesta quarta-feira (20) o projeto Identificação e Caracterização do Patrimônio Cultural do Baixo São Francisco. Firmada em dezembro do ano passado, a parceria, realizada por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED), estabelece estudos e pesquisas sobre os povos que habitaram e habitam a região do Baixo São Francisco, por meio da análise de doze sítios arqueológicos, seis comunidades indígenas e quatro comunidades quilombolas nos municípios de Delmiro Gouveia, em Alagoas, Canindé do São Francisco, em Sergipe, e Petrolândia, em Pernambuco.
Orçada em R$ 366 mil, a pesquisa foi iniciada no dia 16 deste mês nos sítios arqueológicos da cidade de Delmiro Gouveia. "Estamos pesquisando os sítios de pinturas rupestres para identificar similaridades gráficas que indiquem aproximações culturais dos povos que habitaram a região", explica o Coordenador do Projeto de Pesquisa e professor do curso de História da Ufal/Sertão, Flávio Morais. Os 12 sítios arqueológicos analisados estão igualmente divididos, sendo quatro em cada uma das três cidades (Delmiro Gouveia, Petrolândia e Canindé do São Francisco).
Já em relação às comunidades indígenas e quilombolas, a pesquisa será focada nos municípios de Inhapí, Água Branca e Delmiro Gouveia. O levantamento de dados será realizado por meio de entrevistas e observações dessas comunidades. "Vamos mapear os territórios pontuando os lugares de fortalecimento da tradição dessas comunidades", ressalta o coordenador. A partir dos dados levantados será construída uma cartografia dos povos da região, produzido acervo fotográfico e de peças para o Museu do Homem do Nordeste e, após a conclusão dos estudos, elaborados três livros, um sobre cada tema pesquisado, para publicação pela Editora Massangana.
No encontro desta quarta-feira, os representantes da Fundaj, o diretor de Planejamento e Administração, Allan Jones, e a diretora-substituta de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Albertina Lacerda, foram recebidos pelo Reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, o coordenador da pesquisa, o professor Flávio Morais, e o diretor da Editora da universidade, a Edufal, Ivan Barbalho.
Pela Ufal, também participaram do encontro Cézar Nonato, o pró-reitor de Extensão da universidade, Danilo Marques, professor de História da Ufal, e coordenador do Núcleo de Estudos Quilombolas e Indígenas, Sérgio Onofre, historiador e professor da Ufal/Penedo. Pelo Iphan de Alagoas, a superintendente Melissa Mota, a arqueóloga Rute Barbosa e o historiador Maicon Marcante. A Fundepes, fundação responsável pelo repasse dos recursos da Fundaj para a Ufal, foi representada por Rosa Tenório, Coordenadora de Relacionamento e Projetos. "Esse projeto nos traz alegria pela importância. São temas caros, ricos para o Nordeste. E a Fundaj tem a obrigação de tratar dessas temáticas indígenas, quilombolas e de sítios arqueológicos", destacou Albertina Lacerda.