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Sessão de curtas-metragens no Cinema da Fundação reúne amantes do frevo e da sétima arte
A relação entre frevo, tempo, composições populares e história ocupou a Sala Porto, do Cinema da Fundação, nesta quarta-feira (13). O equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), promoveu a Sessão Chama Curtas Ressaca de Carnaval, celebrando a festividade para além da Quarta de Cinzas. Em parceria com a Cinemateca Pernambucana, que também é um equipamento cultural da Dimeca/Fundaj, com o Paço do Frevo e o Cine Limite, foram exibidos cinco curta-metragens, entre série de ficções e documentários históricos, que retratam a diversidade da festa.
Os títulos foram escolhidos pela curadoria dos assistentes de programação do Cinema da Fundação Felipe Karnakis e João Rego foram Alfazema (2019), de Sabrina Fidalgo, Faz que vai (2015), de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, Só no carnaval (1982), de Eunice Gutman e Regina Veiga, Capiba, ontem, hoje e sempre (1984) e A trajetória do frevo (1988), ambos de Fernando Spencer. Ao final das exibições, o público participou de um debate com Luiz Vinicius Maciel, pesquisador de temáticas da cultura popular e mestre em História pela Universidade Federal Fluminense, João Nires, estudante de Licenciatura em História pela Universidade Católica de Pernambuco e integrante da Troça Carnavalesca Mista Cariri Olindense e Mayara Ferreira, pesquisadora do carnaval e artista da dança.
Durante o bate-papo, os participantes falaram sobre o futuro do frevo e a importância de se entender o carnaval como algo pedagógico a partir da exibição e preservação de acervos audiovisuais. A estudantes de jornalismo Crysli Larissa, que pesquisa sobre como os músicos de frevo sobrevivem no período pós-carnaval participou da sessão e do debate. “O carnaval vai além da festa: ela também tem o antes e o depois. A curadoria da sessão foi muito boa para dialogar com o tema”, contou. Roteirista e fotógrafa, Jota Carmo, buscou os títulos como um meio de olhar o carnaval de forma histórica e complementar suas percepções com o bate-papo. “Eu assisti aos filmes e, depois do debate, foi como se tivesse assistido outros”, destacou.
Sobre o Chama Curtas
Com o intuito de situar o Recife dentro do intenso fluxo de produção de curtas-metragens, o Cinema da Fundação abriu uma importante janela de exibição para que essas obras cheguem até o público com uma maior frequência. A Sessão Chama Curtas traz uma programação mensal que propõe apresentar um panorama dos trabalhos realizados no Brasil, percorrendo pelas produções locais, nacionais e internacionais. As sessões são gratuitas e sempre contam com debates após a exibição dos filmes.