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Sessão Chama Curtas exibiu o especial “Fantasmas do Cotidiano” em parceria com a Revista Nostalgia
No sábado (26), o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco recebeu a sessão Chama Curtas - Fantasmas do Cotidiano, uma parceria com a Revista Nostalgia. O especial reuniu três curtas-metragens que exploraram as intersecções imagéticas e narrativas entre fantasmagorias e masculinidades. A sessão aconteceu, na Sala Derby, com entrada gratuita. Após a exibição, os editores e fundadores da revista, Montez, Felipe Duarte, Luiza Neves e Wandryu Figuerêdo, responsáveis pela curadoria da edição, participaram de uma conversa com o público, mediada pelos monitores de programação e curadoria do cinema, Felipe Karnakis e João Rêgo.
“Participar da sessão Chama Curtas, para a Nostalgia, foi uma experiência recompensadora. O programa, embora desafiador, possibilitou que o espectador fosse provocado tanto pela experiência na sala de cinema quanto pelas questões políticas e estéticas que a tríade de filmes abarca. Apresentar a curadoria e debater com o público é sempre um enriquecedor, e está no cerne da criação da revista, que pretende continuar abrindo esse espaço de conversa e circulação de ideias. Prestes a completar um ano de lançamento, a oportunidade veio como um presente”, celebraram os membros da revista.
Fundada em 2023, a Revista Nostalgia é um projeto de cinefilia iniciado por estudantes de cinema da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Com especiais temáticos e uma série de críticas publicadas, a revista promove discussões sobre cinema com foco em sua dimensão estética e política, reposicionando o Recife no mapa dos debates cinematográficos ao reunir textos de colaboradores de diversas partes do Brasil.
O programa “Fantasmas do Cotidiano” nasceu do desejo de investigar o fluxo imagético presente nos três curtas-metragens selecionados: Cassino (RS, 2024), O Peixe (AL/SE, 2016) e Fantasmas (MG, 2011). A curadoria buscou, na afinidade estética entre os filmes, um espaço de reflexão que intersecciona os conceitos de masculinidade e fantasmagoria no cotidiano dos personagens.
“Os fantasmas da masculinidade cotidiana estão presentes nas tensões, nos silêncios e nas escolhas. Eles não são apenas espectros do passado, mas também marcas contemporâneas. Se a imagem cinematográfica nos oferece o tempo, ela o faz para explorar as nuances dos fantasmas que habitam nossas memórias e nossas relações”, destaca o texto curatorial escrito pela Nostalgia para a sessão.