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Sessão Chama Curtas apresentou o especial "O Cinema de Leonardo Mouramateus"
O Cinema da Fundação Joaquim Nabuco recebeu a sessão Chama Curtas - O Cinema de Leonardo Mouramateus, com quatro curtas-metragens do diretor cearense exibidos gratuitamente na Sala Derby. A sessão, que antecipou a pré-estreia de Greice (2024), novo longa-metragem de Mouramateus, ofereceu um rico panorama da produção do cineasta com a projeção dos filmes Europa (2011), Mauro em Caiena (2012), Vando Vulgo Vedita (2017), coodirigido com Andréia Pires, e Meio Ano-Luz (2021). O Cinema da Fundação é um equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).
A curadoria buscou oferecer ao público uma porta de entrada ao cinema de Leonardo Mouramateus, desde suas primeiras incursões formais até suas obras mais recentes – ressaltando um olhar para o seu manejo estético e estrutural em transformar símbolos cotidianos e culturais em filmes que perscrutam por diversos gêneros. Após a sessão, o cineasta conversou com o público sobre os filmes e sua trajetória, com mediação da historiadora e crítica de cinema Lorenna Rocha e dos monitores de programação e curadoria, Felipe Karnakis e João Rêgo.
“Foi importante demais a sessão para antecipar a pré-estreia de Greice, porque o Léo tem muitos títulos, e a gente pôde ver uma mostra desses filmes conectando discussões sobre racialidade, territórios e temporalidade”, comentou Lorenna Rocha após a sessão. O estudante de cinema, crítico e curador Wandryu Figuerêdo esteve presente na sessão e destacou: “A presença do diretor e da Lorenna gerou um debate muito formativo, tanto sobre o cinema brasileiro, quanto de questões raciais e geográficas a partir do corpo negro”.
“A Lorenna conduziu bem o debate sobre esses temas complexos com o público, relacionando eles a elementos dos filmes, como a música, o voice-over e como o Leonardo Mouramateus se inspira nisso tudo. E que bom que esse espaço para discussões formativas está sendo construído na Fundaj através da Chama Curtas”, emendou.
“Pensamos a Chama Curtas como um espaço formativo nos espaços exibidores em Recife. A presença de Leonardo Mouramateus, um jovem e prolífico cineasta cearense, é mais um exemplo da proporção que nossa janela está construindo”, explicou Felipe Karnakis. “Além do aspecto formativo, tem sido importante fazer com que essas obras circulem em salas de cinema. O Leonardo Mouramateus tem uma filmografia extensa e premiada internacionalmente, mas exibiu apenas um filme no Recife. Então, pensar na curadoria dos títulos tem sido uma boa forma de apresentar novas obras ao público”, comentou João Rêgo.