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Seminário de Tropicologia discute relação entre a obra de Gilberto Freyre e a cultura ibérica
Diante de uma obra marcante, que investiga a fundo as relações humanas na constituição das sociedades, é impossível resistir à tarefa de revisitá-la, pondo na perspectiva da atualidade, que sempre muda, as reflexões de pensadores atemporais. No mês que marca os 122 anos do seu nascimento, o sociólogo, escritor e idealizador da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Gilberto Freyre, será tema do Seminário de Tropicologia, marcado para o dia 29 de março, às 14h30, na Sala Calouste Gulbenkian, no Campus Casa Forte. A entrada é gratuita.
Esta edição terá como tema “Gilberto Freyre e o seu iberismo tropical e universal”. A discussão se baseia no livro “Iberotropicalismo - A Hispanidade, os Orientes e Ocidentes na obra de Gilberto Freyre”. Publicado pela Editora Massangana, o título reúne uma seleção de palestras do I Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas, realizado pela Fundaj na Universidade de Salamanca, em 2020. O diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mario Helio é um dos organizadores do volume e abrirá os debates como conferencista. O lançamento da obra se dará durante a programação.
O encontro contará com a participação de dez estudiosos vindos de diferentes áreas do conhecimento. Entre eles, os acadêmicos Lourival Holanda e Lucilo Varejão Neto, respectivamente, o atual e o último ex-presidente da Academia Pernambucana de Letras (APL); e o jornalista Ivanildo Sampaio. “É uma honra receber esses nomes para refletir sobre as ideias de Freyre, um imortal cuja obra é sempre relevante e atual. E trazer essas reflexões para o grande público é uma missão que a Fundaj abraça com muita alegria”, ressalta o presidente da instituição, Antônio Campos.
Ano dedicado a Freyre
Neste ano, o Seminário se dedica a explorar as diversas facetas da obra freyriana. Proposto pelo escritor nos anos 1960, com base em um modelo utilizado na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, o projeto é realizado pela Fundação desde 1980. “Sempre achei o evento bastante diferente, e é, porque você reúne dez pessoas, de diversas áreas, para discutirem um único tema. Acho que essa diferença é fundamental para dar uma completude ao seminário, porque você ouve o conferencista e, depois, os debatedores fazem comentários em torno do que foi dito”, explica a coordenadora do Seminário de Tropicologia, a antropóloga, escritora e imortal da Academia Pernambucana de Letras (APL), Fátima Quintas.
Serviço - Seminário de Tropicologia
Data: 29 de março
Horário: às 14h30
Local: Sala Calouste Gulbenkian, Campus Casa Forte
Entrada gratuita