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Seminário de Enfrentamento ao Assédio Moral e à Discriminação trouxe conscientização a colaboradores da Fundaj
Informação e sensibilização: pontos fundamentais para garantir o bem-estar no ambiente de trabalho. A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promoveu, na manhã desta sexta-feira (29/11), o Seminário de Enfrentamento ao Assédio Moral e à Discriminação. Aberto a funcionários concursados, terceirizados e estagiários da instituição, o diálogo ocorreu na Sala Calouste Gulbenkian, no Campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte.
O evento é uma realização da Fundaj por meio da Coordenação de Ouvidoria e Serviço de Informação ao Cidadão (COSIC) e da Unidade de Gestão de Integridade (UGI). Representaram a instituição na mesa do evento a Profª Drª Márcia Angela Aguiar, presidenta da Fundação, Leonardo Vigolvino de Medeiros, ouvidor da Fundaj, Veronilda Barbosa Cruz Santos, presidenta da Comissão de Ética, e Wilson Fusco, Diretor de Pesquisas Sociais (Dipes).
A mesa também contou com a presença Sérgio Siqueira Loureiro, especialista na área de compliance, que apresentou em palestra os aspectos técnicos que caracterizam o assédio moral. Na ocasião, o palestrante ressaltou a importância de informar o que caracteriza a prática. Conforme destacado na palestra, o assédio tem como características a recorrência de comportamentos que constranjam, desmoralizem ou isolem uma pessoa, ou um grupo de pessoas.
Sérgio Loureiro destacou que garantir uma instituição livre do assédio moral é fundamental para evitar uma série de problemáticas institucionais, sociais e pessoais, que afetam desde a credibilidade das instituições até a vida familiar dos colaboradores assediados. “O pior efeito é sobre as pessoas. [Com o assédio moral], você terá funcionários desmotivados, redução da produtividade, aposentadoria precoce, questões psicossomáticas como taquicardia, falta de ar, dermatite, ou ainda psicopatologias, como a ansiedade, que é muito comum, depressão, e questões comportamentais, como maior ingestão de álcool”, aponta.
Entre as possíveis consequências nocivas, estão o desenvolvimento de psicopatologias em colaboradores assediados moralmente, a desmotivação dos profissionais e entraves no funcionamento das atividades. Diante dos temas apresentados, destacou-se a importância de estabelecer, institucionalmente, ações de treinamento, monitoramento para um ambiente livre de assédio moral e da discriminação.
Em sua fala, a Profª Drª Márcia Angela Aguiar destacou o papel de setores como a ouvidoria na garantia do funcionamento da Fundaj e a relevância do tema tratado. “O que está em pauta é a defesa da dignidade humana e o respeito. Tudo isso faz com que tenhamos e busquemos um ambiente em que as pessoas se respeitem dentro da condição humana de cada uma, em uma instituição com essa responsabilidade, com o trabalho que desenvolve, e o estímulo para o desenvolvimento cada vez mais aperfeiçoado das relações de trabalho”, disse.
Na mesa, Wilson Fusco parabenizou a presidência pela postura relativa ao tema. “Essa é uma marca que vem acompanhando a gestão da Profª Márcia Angela: a preocupação com as relações pessoais aqui dentro da Fundação. Tenho certeza que essa é uma atividade que vai se desdobrar em outras, não só para sensibilizar, mas para que possamos nos comprometer em seguir o que estamos aprendendo”, pontuou.
Veronilda Barbosa Cruz Santos chamou a atenção para as iniciativas da Comissão de Ética da Fundaj para criar um ambiente seguro para os colaboradores. “Sabemos que o caminho é longo. Temos que nos fazer conhecer e nos fazer presentes para deixar as pessoas mais confortáveis. Nossa missão é orientar. Estamos fazendo parcerias com outras comissões de ética e já conseguimos participar de eventos para entender melhor a nossa posição”, disse.
Ouvidor da Fundaj, Leonardo Vigolvino de Medeiros destacou o papel do seminário como um marco no projeto da ouvidoria e da Comissão de Ética, que visa criar um ambiente de pacificação, inclusão e democratização nas interações entre os colaboradores da instituição. “A intenção desse evento é criar horizontalidade nas relações de trabalho”, destacou. “Todos, desde a presidência até todos os terceirizados precisam aprender sobre esses temas. É um processo lento, gradual, mas que não pode parar”.
Após a palestra, colaboradores da Fundação puderam expor dúvidas e dialogar com a mesa sobre tópicos de sua escolha, como as interseções da temática do assédio com questões de gênero, a criação de um ambiente livre de intimidação para denúncias e a importância de utilizar os canais de denúncia com responsabilidade.