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Segundo dia do 9° EpePe tem diversas apresentações de trabalhos, apresentações culturais e lançamento de livros
O 9º Encontro de Pesquisa Educacional em Pernambuco (EpePE) entrou, nesta quarta-feira (23), no seu segundo dia, com comunicações orais e sessões simultâneas de grupos de trabalho (GTs) em múltiplos eixos temáticos ligados à educação. As sessões estão sendo realizadas no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (CE/UFPE). Promovido pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) em parceria com a UFPE, o EpePE segue até a quinta-feira (24).
Confira a cobertura do primeiro dia do EpePE:
O GT 2, voltado à Educação Ambiental, teve mediação da coordenadora-geral do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist) da Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes) da Fundaj, Edneida Cavalcanti. Participaram da sessão a professora da UFPE, Vanice Selva, e a pesquisadora da Fundaj ,Solange Coutinho. Coautora da pesquisa “Educação Ambiental na elaboração colaborativa de representações cartográficas de áreas protegidas”, trabalho desenvolvido em parceria com o também pesquisador da Fundaj, Tarcísio Quinamo, e Edneida Cavalcanti. A pesquisa trata da Educação Ambiental na elaboração de representações cartográficas de áreas protegidas.
"Desde o primeiro EpePE, inserimos este grupo de trabalho sobre educação ambiental acreditando de fato na importância dele nessa área de estudos e pesquisas educacionais em Pernambuco. Então, durante todo esse tempo, ele vem acontecendo de forma significativa, pois traz essa visão da educação ambiental no âmbito da educação de uma forma geral. Especificamente neste ano, trouxemos, dentro desse GT, uma pesquisa da Fundação Joaquim Nabuco que trata das unidades de conservação como lugares educadores", disse Solange Coutinho.
No auditório principal do CE, o GT 7, que aborda a Educação de Crianças de 0 a 6 anos, realizou uma sessão para discutir o desafio da reconstrução das políticas de educação infantil no Brasil, com a presença das professoras doutoras Rita Coelho, do Ministério da Educação (MEC), Liz Ramos, do Centro Cultural Luiz Freire (CCLF), e Célia Santos, do Fórum em Defesa da Educação Infantil em Pernambuco (FEIPE). Sob coordenação de Patrícia Simões, pesquisadora da Fundaj, a mesa discutiu desde eventos políticos que comprometeram o ensino no país e as lutas travadas no Congresso Nacional pela educação infantil até as ações realizadas pelo MEC no que diz respeito ao assunto.
Representando o Ministério na conferência, Rita Coelho destacou entregas da atual gestão, como a retomada de obras de creches paralisadas, o investimento na manutenção de 60 mil vagas para crianças e o compromisso com a formação de 276 mil professores especialistas em alfabetização para a educação infantil. "Desigualdade não se enfrenta em 10 ou 20 anos. Nós temos que ter essa tranquilidade para saber qual é o nosso lugar e qual é a potência do nosso lugar — porque nosso lugar é potente. Essa discussão é uma discussão histórica, mas que exige a mobilização social, e a educação infantil tem que participar, mas essa não é sua tarefa. Nós temos, no cotidiano, uma tarefa potente, seja no MEC, seja na Secretaria, seja na Universidade, seja na unidade de educação infantil", afirmou Rita Coelho.
Já à tarde, houve a apresentação de diversos trabalhos durante as comunicações orais, como "Gestão Democrática de uma Escola de Camaragibe", das graduandas em Pedagogia Camile Vitória e Sarah Cunha. O estudo abordou a experiência vivenciada em uma escola durante o curso da disciplina Prática Pedagógica em Espaços Escolares. Orientador do trabalho, o professor Nonato Ferreira (UFPE) defendeu a importância do evento para a pesquisa: "Estes dias têm sido extremamente produtivos, tanto no aspecto acadêmico, com a apresentação de trabalhos, quanto como um momento importante para fortalecer a rede de contatos entre professores da educação superior, da educação básica e alunos."
Ao fim das apresentações de trabalhos e debates, houve um momento dedicado à arte, com apresentações culturais tanto do Grupo Musical da Escola de Artes João Pernambuco quanto da cantora Thay. Houve, ainda, o lançamento simultâneo de livros, como "Coordenação Pedagógica: saberes, competências e habilidades", de Ivanilso S. da Silva, e "Nina Dorminhoca", da pedagoga Mirela Torre, entre outros.
Lançamento de livros
Lançando dois livros infantis na ocasião, Auxiliadora Maria Martins da Silva disse ser uma grande alegria estar no EpePE. “Pensando na comunidade pesquisada, formada por mulheres que não tiveram acesso à universidade e moram em um quilombo, decidi escrever dois livros de literatura infantil para que esse público tivesse acesso ao que foi realizado. Um dos livros é sobre o grupo artístico-cultural Xambá das Yabás, e o outro, sobre Guitinho da Xambá, que organizou o grupo para se apresentar em palcos de Pernambuco, do Nordeste e do Brasil. Essas são mulheres negras, idosas e candomblecistas, que estão mostrando ao mundo a importância do respeito à religião de matriz africana e aos seus adeptos."
Por fim, a vice-diretora do CE/UFPE, Tatiana Cristina dos Santos de Araújo, falou sobre a parceria com a Fundaj para a realização do evento: "Para o Centro de Educação, é uma grande honra receber o EpePE em parceria com a Fundaj. A UFPE já sediou uma edição do EpePE no Campus Caruaru, e este evento é fundamental para a produção científica de Pernambuco e de todo o país, pois registramos a participação de pessoas de outros estados. A troca de experiências com os participantes e instituições tem sido muito positiva."