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Reflexões sobre abolicionismo, racismo estrutural e a sociedade escravocrata de 172 anos atrás
O que Nabuco pensaria do Brasil de hoje? Essa pergunta foi tema da última atividade da programação de celebração aos 172 anos de Joaquim Nabuco. O encerramento foi marcado pela palestra virtual do escritor e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Joaquim Falcão, com mediação do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Mario Helio.
Para convidar o público a refletir sobre o assunto, o escritor lembrou que Nabuco era um abolicionista que não falava apenas da libertação dos escravos. “Ele defendia que o escravo não fosse apenas livre, e sim um cidadão. E quais são os cidadãos do Brasil de hoje?”, questiona. Falcão ressaltou que, para isso, é importante promover a cidadania para todos, como o acesso à saúde, educação e emprego. “Joaquim Nabuco distinguia-se dos seus contemporâneos porque ele defendia uma abolição muito mais inclusiva, que fosse capaz de promover um desenvolvimento da sociedade”, completou.
Durante a palestra, Falcão destacou, ainda, o pensamento de Gilberto Freyre e fez referência a Aloísio Magalhães sobre a importância da conservação patrimonial. “Quanto mais você conhecer e preservar o seu passado e valorizar, mais você acerta nos objetivos do seu futuro”, destacou. Joaquim Falcão foi o fundador do Departamento de Ciência Política e depois Superintendente da Fundação Joaquim Nabuco, entre os anos de 1980 e 1984.
O diretor da Dimeca, Mario Helio, conduziu a palestra refletindo sobre abolicionismo, racismo estrutural e a sociedade escravocrata de 172 anos atrás. A palestra está disponível no canal do YouTube Fundaj Oficial.