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Primeira Sessão Alumiar do ano recebe grupo de mulheres da comunidade do Passarinho
A primeira Sessão Alumiar do ano recebeu um grupo de mulheres do Espaço Mulher, do bairro do Passarinho, no Recife. Animadas, elas curtiram a sessão do filme O Auto da Compadecida (2000), com os recursos de acessibilidade Audiodescrição, Língua Brasileira de Sinais (Libras) e Legenda para Surdos Ensurdecidos (LSE), no Cinema da Fundação/Derby, nesta quinta-feira (26).
As mulheres foram acolhidas pela equipe do Cinema, se divertiram com o longa nacional e ainda puderam aprender sobre como funciona uma sessão com acessibilidade para pessoas com deficiência. Algumas não conheciam o Cinema da Fundação. “A experiência de hoje foi ótima! É muito importante ter esses recursos na sessão para que as pessoas com deficiência possam aproveitar também. Eu já tinha visto o filme, mas hoje foi diferente e bem interessante”, afirmou a coordenadora do grupo, Evandra Dantas.
O Espaço Mulher é uma organização que envolve mulheres da comunidade do Passarinho no engajamento social. Juntas, elas buscam promover a efetivação de políticas públicas. Além de oferecer sessões para o público com necessidades especiais, a Sessão Alumiar também convida grupos de organizações que não conhecem o projeto do Cinema da Fundação. O intuito é difundir a experiência para a maior pluralidade de pessoas possíveis.
A Sessão especial acontece sempre na última quinta-feira do mês e tem entrada franca. Todo o público espontâneo é bem-vindo.
Sobre o Alumiar
Lançado com sucesso pelo Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, o Projeto Alumiar oferece um espaço de inclusão social e cultural para as pessoas com deficiências sensoriais, o que faz do Cinema da Fundação o primeiro do Brasil a tornar acessíveis e exibir na sua programação regular filmes nacionais com três modalidades de acessibilidade comunicacional.
Os filmes são exibidos mensalmente em sessões gratuitas nas salas de cinema da Fundaj do Derby (bairro do Derby, Museu (bairro de Casa Forte) e no Porto (bairro do Recife). Um público superior a 5 mil pessoas já foi atendido pelo Alumiar. Além das sessões nas salas do Cinema da Fundação no Recife, os projetos já foram realizados em outras cidades pernambucanas, como Arcoverde, Barreiros, Carpina, Caruaru, Garanhuns, Jaboatão dos Guararapes e Nazaré da Mata.
Já esteve presente em outros estados, como Rio Grande do Sul e Piauí. O Alumiar é focado em pessoas com deficiências sensoriais, mas também destina-se a estudantes, profissionais e pesquisadores da área da acessibilidade, produtores de audiovisual, estudantes de artes visuais e da comunicação, e o público em geral. Além de colaborar para a formação de um novo público a partir da inserção de pessoas com deficiência no universo do cinema, a ação inclusiva criou um canal de diálogo com profissionais da acessibilidade, promovendo três encontros de cinema e acessibilidade.
Os filmes são nacionais e acessíveis em três modalidades de acessibilidade comunicacional: Audiodescrição (AD) para pessoas cegas ou com baixa visão; Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas surdas, e Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE). Essas películas fazem parte do Projeto Alumiar de Cinema Acessível da Fundação Joaquim Nabuco.
Em 2022, foram realizadas 17 sessões de cinema acessível para pessoas com deficiência, pessoas neurodiversas, pessoas em situação de vulnerabilidade social e outras demandas de público, totalizando 1.335 pessoas assistidas pelos projetos de acessibilidade, e com a participação de 44 instituições, entre escolas, universidades, associações, ongs e grupos. Também foi lançado, no segundo semestre, o Projeto Visita Acessível, em parceria com o Museu do Homem do Nordeste, criando uma rota de visitação e mediação acessível para públicos diversos, com ou sem deficiências. Além das atividades internas, os projetos de acessibilidade também foram exibidos na TV Pernambuco e na TV Universitária, além de sessões itinerantes na Fundação Dorina Nowill para cegos (São Paulo), no Cinema da UFPE, e no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG).