Notícias
Presidenta da Fundaj e diretor da Dimeca participam de abertura do Seminário País do Carnaval
Ainda estamos no mês de agosto, mas os blocos já estão na rua. Não de forma tradicional, com seus estandartes e pessoas seguindo as agremiações pelo Brasil afora. Mas como tema de debate, no seminário País do Carnaval. Na mesa de abertura, nesta terça-feira (13), a presidenta da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Márcia Angela Aguiar, o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Túlio Velho Barreto, a cantora Isaar França, representando a secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, a gestora cultural e servidora da Fundaj, Silvana Meireles, o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Paulo Cesar Miguez de Oliveira, e o jornalista e produtor cultural Renato L.
O evento está sendo realizado na Sala Aloísio Magalhães, campus Ulysses Pernambucano da Fundaj, no Derby. Sob coordenação de Silvana Meireles e de Renato L, o seminário segue até a quinta-feira (15). Os palestrantes da primeira mesa, cujo tema foi “Carnaval, da festa da comunidade à indústria cultural”, foram a historiadora e pesquisadora da Fundaj, Rita de Cássia Araújo, e o reitor Paulo Cesar Miguez de Oliveira, com mediação de Silvana Meireles.
O debate contou com a presença de gestores públicos, pesquisadores, produtores culturais, músicos e o público geral interessado na temática. Em sua fala, a presidenta da Fundaj falou sobre a importância dos estudos e práticas da manifestação cultural para a sociedade e de se discutir a festividade pensando no futuro. "Estamos, enquanto Fundação Joaquim Nabuco, de braços abertos para acolher essas iniciativas. A Fundaj tem o papel, sempre teve e continuará tendo, de estar aberta às manifestações que digam respeito à nossa sociedade e ao desenvolvimento da ciência, da cultura, da arte e da tecnologia. É um papel que estamos exercendo e é um prazer fazer isso", destacou Márcia Angela Aguiar.
Túlio Velho Barreto celebrou a programação e a temática abordada, que engloba mais do que características culturais de Pernambuco e do Brasil, mas também tem implicações sociais, econômicas e políticas, por exemplo. "Esse é um tema relevante porque faz parte do nosso traço cultural, da nossa identidade nacional, nas diversas formas como o carnaval se manifesta país afora. É um fenômeno cultural e social de extrema importância e com implicações diversas", pontuou o diretor da Dimeca.
A presidenta e o diretor também estiveram presentes na primeira mesa do seminário, “Carnaval, da festa da comunidade à indústria cultural”, com palestras da historiadora e pesquisadora da Fundaj, Rita de Cássia Araújo, e do reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Paulo Cesar Miguez de Oliveira, e mediação de Silvana Meireles.
"Maior evento popular do Brasil, símbolo nacional, festa mais democrática do país. Carnaval não é uma festa uniforme: existem muitos carnavais. Carnaval é coisa séria e não pode estar restrito à agenda de brincantes e foliões", pontuou Silvana Meireles. A gestora cultural falou, ainda, sobre a organização do seminário, que tem o objetivo de discutir a festividade de forma sistematizada, envolvendo quem faz, quem brinca, quem pesquisa e quem toca um dos maiores eventos do país.
"Um seminário como esse é fundamental não só para repensar as políticas da festa em Pernambuco, mas sobretudo por trazer uma dimensão nacional. Isso vai trazendo a possibilidade de um comparativo entre as festas para que a gente não só tenha um conhecimento do passado, mas de como o presente se articula, se constrói e se institucionaliza em políticas públicas e do direito à memória, à folia e à cidade", comemorou a pesquisadora Rita de Cássia.
Aberto ao público, o seminário País do Carnaval está sendo realizado sob incentivo da Lei Paulo Gustavo, por meio do Ministério da Cultura e da Prefeitura do Recife. Na programação dos próximos dias, temas como as relações de contemporaneidade, história e tradição nos carnavais do Recife, Olinda, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Ouro Preto e São Paulo; o lançamento dos livros “Direito à folia: o direito ao Carnaval e a política pública do Carnaval de rua na cidade de São Paulo”, de Guilherme Varella, e “Política Cultural: fundamentos”, de Bernardo Mata-Machado.