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Pré-estreia do filme “Quando Falta o Ar” esgota ingressos no Cinema da Fundação/Museu, neste sábado (6)
Sucesso de público, a pré-estreia do documentário “Quando Falta o Ar”, dirigido pelas irmãs Ana e Helena Petta, lotou a sala Museu do Cinema da Fundação, em Casa Forte, na noite deste sábado (6). O documentário, que aborda de forma sensível a luta dos agentes de saúde do SUS durante o ano de 2020 e começo de 2021, teve sua primeira exibição recifense no equipamento cultural da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e contou com um debate, após a sessão, com a presença da diretora Ana Petta, o roteirista Paulo Celestino, e duas personagens do documentário, a agente comunitária de saúde, Conceição de Maria, e a médica Rafaela Pacheco.
A diretora Ana Petta realiza no encontro um apelo à necessidade de elaborar coletivamente o que aconteceu durante a pandemia como um compromisso com as gerações futuras. “Elas vão conhecer a história da pandemia através de fragmentos de memórias dos seus ancestrais, que no caso somos nós. Muitas narrativas precisam ser feitas para que a gente construa essa recordação, esperamos que o filme seja um pedacinho dessa memória coletiva e uma tentativa, também, de reconstruir nosso país agora com a defesa à ciência e ao SUS”, dialoga a cineasta.
O público participou de forma entusiástica da conversa após a exibição especial do filme. A poeta e vereadora do Recife, Cida Pedrosa, foi a primeira a lançar elogios à equipe do documentário. “É muito fácil descambar para duas sequências neste tipo de filme: o pieguismo e o panfletarismo. E vocês conseguem de verdade fazer um filme de arte com narrativas bem construídas e várias camadas. É muito comum querer chocar com cenas terríveis, mas a dor é colocada de forma muito delicada e empática”, conclui Cida Pedrosa.
Gravado antes da vacina do Covid-19, e expondo principalmente as mulheres na linha de frente nas comunidades das suas cidades, o documentário faz um trabalho espetacular na representação desta classe profissional. “O filme não tem nenhum tom celebratório e é de se fazer valer todo o serviço e esforço dos profissionais do SUS”, diz o coordenador do Cinema da Fundação, Ernesto Barros. “A partir desta quinta feira, 11 de maio, o documentário entra oficialmente na nossa grade de programação”.