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PPGECI realiza intercâmbio cultural no Alto José do Pinho, Zona Norte do Recife
Buscar outras educações, que sejam espontâneas ou que comecem pelo afeto e atinjam a mente, invertendo a lógica ocidental que predomina no sistema escolar-acadêmico e que privilegia a razão técnico-científica, é o tipo de construção que guia os trabalhos da pesquisa "Comunidades Educativas: estudos dos modos de aprender e ensinar o saber fazer".
O estudo foi coordenado pelo pesquisador da Diretoria de Pesquisa Sociais (Dipes) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Maurício Antunes, com participação da pesquisadora Edneida Cavalcanti (Dipes/Fundaj) e do professor Rui Mesquita (UFPE). É por isto que o seminário que apresentou os resultados da pesquisa fez parte da programação dos 10 anos do Programa de Pós-Graduação em Educação, Culturas e Identidades (PPGECI), mestrado associado entre a Fundaj e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). "É importante que a pesquisa e a pós-graduação caminhem articuladas", disse Maurício Antunes.
Como parte dessa busca pelo conhecimento, no sábado (7), os participantes do seminário vindos da Argentina, do Benin (África) e de outras partes do país fizeram um intercâmbio cultural no espaço Poesis, no Alto José do Pinho, Zona Norte do Recife. Na ocasião, foi exibido o documentário “Uma poética da educação” (2023), uma produção de professores e professoras que fizeram o curso de extensão “Èdouard Glissant e a Descolonização da Educação: cultura e política” - também associado ao projeto Comunidades Educativas.
O vídeo, premiado no Festival Literário de Ipojuca (2023), é uma realização do Laboratório de Inovações Políticas em Práticas Educativas do Centro de Educação/UFPE (Labutuca) em parceria com a Fundaj, Projeto Viva Verde e Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere). “Como responsáveis pelo curso, aprendemos muito com essa turma, com a demanda que ela colocava. Planejamos e apresentamos a proposta do curso e fomos desafiados pelos participantes que disseram: a gente não quer decorar as ideias do autor, a gente quer saber se o que esse cara escreve serve para a nossa vida”, relembrou Antunes.
Além de reunir os cursistas que participaram da direção coletiva do documentário para um bate-papo, o intercâmbio cultural também contou com apresentações poéticas performáticas de artistas locais, como Sebastião Marinho, Rodrigo Bartô e Alberto Ajuda. Entre os presentes estavam o professor da Universidad Nacional de Mar del Plata (UNMP), Francisco Ramallo e o coordenador científico da organização Afrique Decide, Sylvestre Edjekpoto, do Benin.