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Pesquisadora da Fundaj participa do 1º Seminário de Educação Ambiental de Pernambuco
"A Educação Ambiental precisa ser entendida como um processo, ser contínua, abranger o âmbito formal e não formal, inserir todos os setores da sociedade, ser trabalhada de forma contextualizada de acordo com a legislação e acontecer de forma transversal no momento educacional", afirmou Solange Coutinho, pesquisadora do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist) da Diretoria de Pesquisa Sociais (Dipes) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).
A pesquisadora é membro da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (CIEA-PE) e realizou sua exposição na mesa “A Construção da Educação Ambiental em Pernambuco e Desafios Atuais”, do 1º Seminário de Educação Ambiental de Pernambuco, realizado nos dias 6 e 7 de agosto, no auditório do Instituto Federal de Educação de Pernambuco (IFPE), Campus Recife.
O seminário foi promovido pela CIEA-PE, que é composta por representantes da Fundaj, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha, da CPRH, da Secretaria de Educação e Esportes, das universidades Federal e Federal Rural de Pernambuco, do Instituto Federal de Educação de Pernambuco, da Associação Municipalista de Pernambuco, do Senai e do Serviço de Tecnologia Alternativa.
A pesquisadora Solange Coutinho listou os principais desafios enfrentados no objetivo de implementação de uma agenda de educação ambiental em Pernambuco. “Temos legislação necessária. Falta continuidade das ações iniciadas, recursos humanos e financeiros e a inexistência da vontade de decisão. Tudo isso atrapalha", destacou, afirmando a necessidade de que a educação ambiental seja um processo transformador, considerando a justiça social e o equilíbrio ecológico, enquanto fatores essenciais à proteção do meio ambiente.
Na mesa de abertura Ana Luiza Ferreira, secretária Estadual de Meio Ambiente, Lays Lima, presidente da CIEA-PE, José de Anchieta, diretor-presidente da CPRH, José Bento, diretor de Educação à Distância do IFPE, Luís Costa, representante da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, e Fábio Nicácio, diretor do IFPE Campus Recife, ressaltaram, em suas falas, a importância de formar agentes multiplicadores junto a população e setores sociais para fortalecer a política de educação ambiental.
Em seguida, o público assistiu uma apresentação teatral do Grupo Donarte, que promove atividades com idosas de Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata Norte do estado, incentivando a educação ambiental no cultivo de produtos orgânicos e plantio de mudas de espécies nativas na cidade e região circunvizinhas.
Com a participação da Gestora de Educação Ambiental da CPRH, Lúcia Maria, a segunda mesa traçou uma linha do tempo dos principais marcos históricos da educação ambiental em Pernambuco, nominando datas e marcos legais. O geólogo e professor da UPE, Fábio Pedrosa, perpassou pelos desafios e consequências advindos com as mudanças climáticas no país traçando um panorama da realidade do Estado, citando Recife como a 16ª área urbana mais vulnerável às mudanças climáticas no mundo.