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Pesquisador da Fundaj participa do 1º Seminário de Documentação Arquivos e Acervos da Modernidade Brasileira (Sedoc) promovido pelo Docomomo Brasil
O pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) Rodrigo Cantarelli participa, nesta sexta-feira (28), do 1º Seminário de Documentação - Arquivos e Acervos da Modernidade Brasileira (Sedoc), promovido pelo Docomomo Brasil.
Na mesa de debates sobre “Arquitetura e Cidade”, Rodrigo Cantarelli falará sobre o Centro de Documentação da Fundaj. Também participa da palestra, mediada pela coordenadora-geral da Docomomo, Dra. Alcília Afonso, o superintendente do Arquivo Público do Distrito Federal, Adalberto Scigliano.
“A palestra abordará um recorte do acervo da Fundaj que documenta o período de modernizações das primeiras décadas do século XX. No segundo momento, vou apresentar a coleção do arquiteto Mario Russo, que foi um dos primeiros arquitetos modernistas que veio para Pernambuco atuar nos anos 50. A Fundaj tem um acervo com fotografias, arquivo textual, entre outros materiais”, explicou Rodrigo Cantarelli.
Segundo o pesquisador, a realização desse 1º Sedoc vem para evidenciar uma deficiência existente sobre o acervo do Movimento Moderno no Brasil e a importância de preservar e divulgar as obras de arquitetura, urbanismo, paisagismo e artes em geral.
“É muito importante que possamos divulgar o acervo que temos de Mario Russo em nossa instituição e informar que ele está disponível para pesquisas”, disse Rodrigo Cantarelli. O 1º Seminário de Documentação - Arquivos e Acervos da Modernidade Brasileira (Sedoc), iniciado nesta quinta-feira (27), tem como foco discutir sobre as diversas formas de documentação, além de observar o cenário nacional propondo possíveis soluções para ajudar no fortalecimento da preservação do histórico moderno do país.
As discussões foram baseadas nas diversas formas de documentação: “inventários da modernidade de identificação e de conhecimento; tecnologias de aquisição de dados; tecnologias de documentação; tecnologias de visualização e interação; documentação nas fases do ciclo da conservação”.
Quem foi Mario Russo?
O arquiteto e urbanista Mario Russo (1917-1996), natural de Nápoles, na Itália, foi convidado pelo diretor da Escola de Belas Artes de Pernambuco, João Alfredo Costa Lima, para assumir as disciplinas de projeto.
A mudança para o Recife ocorreu em 1949, onde o professor tornou-se posteriormente uma figura importante no processo de consolidação da arquitetura moderna na capital pernambucana nos anos 50.
Mario Russo havia sido convidado pelo então reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Joaquim Ignácio de Almeida Amazonas, em 1955, para exercer o cargo de arquiteto-chefe do Escritório Técnico da Cidade Universitária do Recife.
É de autoria de Mario Russo o Plano urbanístico da Cidade Universitária, mas diante das críticas sofridas na época, ele acabou pedindo demissão do cargo de arquiteto-chefe, mudando-se para São Paulo em 1956. Dois anos depois, retornou para Nápoles dando continuidade às suas atividades de professor, arquiteto e urbanista.