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Parceria entre Fundaj e UFRPE promove debate sobre Legislação da CT&I, nesta quarta-feira (5)
A Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), promoveu o workshop "Oportunidades do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para as Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT)”, nesta quarta-feira (5). Realizado na Sala Gilberto Osório de Andrade, campus Apipucos da Fundaj, o encontro pela manhã foi marcado por um debate sobre o Marco Legal de CT&I, um mecanismo que possibilita as relações universidade-governo-empresa a favor de um espaço próspero à inovação.
Fruto de uma parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio da Fadurpe, o evento abordou sobre a hélice tríplice entre o governo, empresa e a universidade e a importância de fazer com que essas parcerias fluam com mais naturalidade. Pesquisadora da Fundaj e coordenadora do workshop, Luciana Távora trouxe indagações sobre a capacidade de amplitude dos núcleos de tecnologia e a necessidade de dialogar com demais instituições. “Esse seminário não deve ficar só entre a gente, mas deve sensibilizar as pessoas que vão operacionalizar o Marco Legal de CT&I e fazer parte de um processo muito mais vasto de desenvolvimento social”, destaca.
O Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Rafael Dubeux, abordou sobre os estágios de investimentos em inovação em tecnologia, além importância de um vitrine tecnológica no Estado, na qual seja possível a promoção e divulgação de pesquisas desenvolvidas localmente, ainda que sem vínculo formal com ICTs.
Ao discutir as dificuldades encontradas na área de ciência e tecnologia local, Dubeux citou o baixo histórico de parcerias da academia com o setor produtivo, com apoio do poder público. “De que maneira seria possível fazer uma simbiose, um arranjo saudável, entre poder público e mercado nessas investidas de inovação?”, indaga o secretário. “A certeza que tenho é que são poucos os Estados no país que têm a diversidade a capacidade de pesquisa e desenvolvimento como o nosso”.
No período da tarde, os participantes elaboraram uma agenda propositiva para ajustes nas políticas das ICTs. Eles discutiram sobre como a automatização poderia ajudar na prestação de contas e sobre a importância de otimizar a estrutura que já se tem ficando esforços no sistema e nos instrumentos que podem ser implementados. O desempenho do sistema de inovação depende da interação de instituições", destacou Luciana Távora. Ela ainda falou sobre os principais tópicos abordados na Lei nº 400/2018 para contribuir para o debate.
O diretor do Instituto Ipê, professor Ricardo Souza, ressaltou as parcerias com o poder público e indagou que tipos de instrumentos poderiam ser utilizados para expandir esse leque. Ele ainda falou que o amadurecimento deve ser conjunto por parte das instituições e que precisa haver um incentivo ao inventor para melhorar a relação produção científica e patente. Além de discutir prestação de contas e execução de projetos, os participantes debateram os quesitos de governança e de que forma podem se preparar para os próximos passos.