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Parceria entre Fundaj e Compaz proporciona educação por meio da cultura a crianças do Recife
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) recebeu, entre os dias 18, 19 e 20 de julho, diversos grupos do Centro Comunitário da Paz (Compaz) do Recife para visitas acessíveis aos equipamentos culturais da Instituição.
Cerca de 100 pessoas, em sua maioria crianças, participaram das atividades gratuitas que foram realizadas na Sala Museu do Cinema da Fundação, no Museu do Homem do Nordeste (Muhne) e na Pinacoteca da Fundaj, todos localizados no Campus Gilberto Freyre, em Casa Forte.
A presidenta da Fundação, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, participou da abertura do encontro e destacou o papel da Instituição no fortalecimento da cultura. “Sempre que uma criança adentra aqui no cinema, no museu, numa galeria, estamos ajudando a plantar uma semente para a formação de um cidadão e uma cidadã. É importante para a Fundaj buscar facilitar o acesso de todas as pessoas à cultura, pois sabemos que a maioria não teria sem a disponibilidade dos profissionais que as trazem para esse espaço”.
Participaram das atividades crianças do Compaz Governador Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, do Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro, do Compaz Governador Miguel Arraes, na Caxangá, do Compaz Dom Hélder Câmara, em Joana Bezerra, e do Compaz Paulo Freire, no Ibura, que ainda será inaugurado.
Secretário-executivo de Segurança Cidadã do Recife, Paulo Moraes se disse alegre com a parceria entre a Fundaj e o Compaz. “A gente busca construir com as comunidades que estão inseridas no Compaz um mundo melhor, de oportunidades, seguro, que os direitos sejam respeitados. E o direito à cultura é um dos mais importantes, temos muito a reconstruir no país e esse momento se converte em muita riqueza na vida das crianças, das equipes. Agradeço a professora Márcia Angela pela acolhida na Fundação, essa riqueza de Pernambuco, do Brasil, e vamos buscar mais parcerias, vamos de fato construir novas pontes, pois os nossos objetivos são muito convergentes”, afirmou.
Especialista em acessibilidade, o educador Túlio Rodrigues, do Cinema da Fundação, reforçou a importância dessa parceria. “Pensamos em articular com o Compaz por ser uma instituição que oferta atividades para crianças no contraturno e para que pudéssemos nos aproximar institucionalmente de um espaço que promove atividades da educação e da cultura em várias comunidades do Recife”, explicou.
Atividades
No Cinema, o público pôde conferir os curtas: “Salu e o Cavalo Marinho”, de Cecília da Fonte; “Vivências”, de Everton Amorim; “Bia Desenha”, de Kalor Pacheco e Neco Tabosa; e “Mundo Bita”, da Mr. Plot Produções. As sessões acessíveis contam com os recursos da acessibilidade comunicacional: Audiodescrição (AD) para pessoas cegas e com baixa visão, Língua Brasileira de Sinais (Libras) e Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE). Além disso, a sala de cinema fica mais iluminada e com o som reduzido.
Grande parte das crianças que participaram teve seu primeiro contato com um museu ou cinema, assim como Lua Valentina, de apenas 8 anos. “Achei muito legal, muito divertido e aprendi coisas que eu não sabia que existiam. O que eu mais gostei foi a parte do Maracatu [no Museu]”
Após a mostra dos curtas pernambucanos, os grupos participaram de uma mediação cultural no Muhne com acessibilidade, com Catarina Martins e Olga Santos, da equipe do educativo.
A dona de casa Denise Esperança também conheceu os equipamentos culturais na ocasião, ela participou com a filha, Laura, de 6 anos. “Estou achando bem interessante, até porque o cinema trouxe curtas-metragens que a gente não está acostumado a assistir e filmes que relatam assuntos e abordagens difíceis de ver no cotidiano, com acessibilidade, foi bem interessante poder assistir esses filmes assim porque a gente não tem esse hábito”.
Sobre o Compaz
Os Centros Comunitários da Paz (Compaz) são equipamentos públicos da Prefeitura do Recife, distribuídos em bairros periféricos da cidade, com o objetivo prevenir a violência, promover a inclusão social e fortalecer as comunidades. Por meio deles, a população tem acesso a serviços educacionais, culturais, esportivos, de saúde, bem-estar e qualificação profissional.
Sessões acessíveis
O Cinema da Fundação possui os projetos Alumiar, Índigo e Escola, que promovem sessões com acessibilidade para o público geral, escolas, associações, fundações de cultura e de educação, universidades, grupos de pesquisa, ONGs, centros culturais e casas de acolhimento. Os projetos recebem pessoas com deficiência, cegas, surdas, neurodivergentes, com autismo, com TDAH, com deficiência intelectual, com síndrome de Down, entre outras.
A Sessão Alumiar oferece sessões com três modalidades de acessibilidade comunicacional: Audiodescrição (AD) para pessoas cegas ou com baixa visão; Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas surdas, e Legenda para Surdos e Ensurdecidos (LSE). Já a Sessão Índigo oferece filmes para crianças, jovens e adultos com necessidades específicas, tais como síndrome de Down, transtorno do espectro autista, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, entre outros, e, e seus familiares. A sala de cinema fica mais iluminada e o volume do som é reduzido.