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Oficinas do Muhne ensinam customização de chapéu e livro-personagem de Chico Science
Quem é do Recife e viveu os anos 1990 jamais irá se esquecer de Chico Science (1966-1997), a mente pulsante e criativa por trás do Manguebeat, movimento artístico que chacoalhou a música e a moda brasileiras. Foi com a energia dessa figura tão conhecida da cultura pernambucana que o Educativo do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) realizou, neste sábado (19), dentro da programação do REC'n'Play, as oficinas "Da Lama ao Caos" e "A Praieira".
A ação começou por volta das 14h30 na Galeria da Livraria Jaqueira, no Bairro do Recife, e contou com a participação de 40 crianças de 3 a 12 anos. Na primeira oficina, "Da Lama ao Caos", os pequenos aprenderam a fazer um livro-personagem de Chico Science, uma espécie de boneco de papel com várias camadas que trazem pequenos textos contando a história do artista recifense.
Na segunda, "A Praieira", eles customizaram o chapéu de "mangueboy", marca registrada do compositor. Ambas as oficinas foram conduzidas pelas educadoras Isabelle Lopes, Catarina Martins, Kércia Santana, Olga Santos e Manoela Antunes.
"Chico Science é um termômetro da música pernambucana, nacional e mundial", descreve a coordenadora das Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva. "E ele tinha algumas marcas. Entre elas, esse chapéu de palha, típico dele. A gente então resolveu trazer algo que está no imaginário do adulto e vir contar a história desse chapéu, por meio do livro-personagem, para as crianças".
Os participantes se divertiram por pouco mais de uma hora, desenhando, cortando e colando os elementos ligados ao Manguebeat. Ao final, estava todo mundo de "mangueboy" na cabeça e uma bagagem maior de conhecimento.
A administradora Sabrina França, 45 anos, foi com o filho Gabriel, 7, que, segundo ela, "adora desenhar". "Já é um talento nato dele, e eu quis trazê-lo porque, por meio do desenho, ele pôde conhecer esse personagem que não conhecia. Achou interessante, já pediu para escutar as músicas e saber um pouco mais da história", disse. Para Gabriel, a oficina foi "legal". "Eu adorei. Eu gosto muito de desenhar e o que eu gostei de fazer mais foi a roupa dele [personagem de Chico Science]", contou.