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Naná Vasconcelos homenageado com Cátedra
A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) vai inaugurar a Cátedra Naná Vasconcelos nesta sexta-feira (23), às 10h, na Reitoria da Instituição. A instalação inclui a leitura da Resolução, o descerramento da placa e apresentações culturais. A cerimônia contará com a presença da viúva e curadora de Naná, Patrícia Vasconcelos, do músico e amigo Nelson Angelo, do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Túlio Velho Barreto, e do coordenador-geral do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), Moacir dos Anjos, ambos convidados para integrar a Cátedra. Doutor honoris causa pela UFRPE, Naná Vasconcelos completaria 80 anos neste ano.
“Muito me honrou o convite do professor Moisés Santana para associar-me à Cátedra Naná Vasconcelos, sob sua coordenação. Sem dúvida alguma, essa iniciativa será um dos mais importantes legados da gestão do reitor da UFRPE, o professor Marcelo Carneiro Leão. Não apenas pela importância local, nacional e internacional de um dos maiores músicos do mundo em sua geração, bem como pelo relevante trabalho social desenvolvido por ele junto às crianças nos diversos países em que viveu, em especial, aqui, sua terra natal. Toda homenagem a Naná sempre será justa. E nós, da Fundaj, nos associamos a esta iniciativa com muito prazer e alegria. Viva Naná!”, afirmou o diretor Túlio Velho Barreto.
A inauguração da Cátedra Naná Vasconcelos celebra e perpetua o legado do renomado músico brasileiro. Percussionista e compositor nascido em Recife, Naná alcançou renome internacional por sua excepcional habilidade e inovação no uso de instrumentos percussivos. Reconhecido por suas colaborações com uma vasta gama de músicos, tanto brasileiros quanto internacionais, deixou um legado duradouro na música, inspirando gerações de artistas com sua criatividade e genialidade.
De acordo com o professor do Mestrado em Educação, Culturas e Identidades (PPGECI - UFRPE/FUNDAJ), Moisés de Melo Santana, a instalação da Cátedra traz uma perspectiva de rede plural, interconectada nacional e internacionalmente. “Não é uma cátedra com ideia fechada dentro da universidade; pelo contrário, é conectada com artistas, músicos e pesquisadores do Brasil e do exterior que trabalham na obra de Naná ou estão próximos dela. Através da Cátedra, buscamos ressignificar sua obra e garantir que permaneça viva e inovadora na memória, não como algo estático, mas como uma memória ativa e criativa”.
O coordenador-geral do Museu do Homem do Nordeste, Moacir dos Anjos, participa como membro associado da Cátedra representando a Fundação Joaquim Nabuco, por ser, esta, uma maneira institucional de unir esforço que tem sido feito por várias entidades públicas e privadas no Recife para homenagear e, principalmente, preservar o legado do músico e tornar sua obra cada vez mais presente nas expressões culturais e artísticas da cidade e do Brasil.
“Vamos participar criando situações, como exposições e seminários, em parceria com outras instituições, para reafirmar a importância desse legado e multiplicá-lo para o futuro. No Museu do Homem do Nordeste, desde 2008, quando foi inaugurada essa última versão da exposição de longa duração que está em cartaz, sua presença é muito forte por meio de um vídeo em que Naná apresenta várias formas de percussão de origem afrodiaspórica, seja no samba, no Maracatu, nas expressões de terreiro, em cerimônias, entre outros”, observa.
Além do vídeo em exposição, Naná Vasconcelos fez pequenas trilhas sonoras e intervenções musicais para acompanhar diversos momentos da visitação pelo espaço museal. “Portanto, Naná já está presente. E eu desejo que ele esteja cada vez mais presente aqui na Fundaj e que façamos todo o possível para participar dessa Cátedra da forma mais atuante possível", concluiu Moacir dos Anjos,
Serviço:
Inauguração da Cátedra Naná Vasconcelos
Data: 23 de fevereiro de 2024
Local: Reitoria da UFRPE - Prédio Central - Dois Irmãos
Horário: 10h