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Música no Memorial UFPE - Série Fundaj realiza primeiro recital na Sala João Cardoso Ayres da Fundaj, no Derby
Com auditório lotado e ao som de piano, flauta e violoncelo, o projeto de extensão Música no Memorial - Série Fundaj estreou na Sala João Cardoso Ayres, no Campus Ulysses Pernambuco da Fundação Joaquim Nabuco neste domingo (4). O recital de reabertura do projeto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) contou com a apresentação do trio pArte pra 3, formado pelo pianista José Henrique Martins, pela flautista Felícia Coelho e pelo violoncelista Kalim Campos. As apresentações seguem neste mês de agosto, sempre aos domingos e às 11h.
Participaram do evento a presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, a diretora de Planejamento e Administração (Diplad) da instituição, Aida Monteiro, a superintendente de Cultura da UFPE, Mariana Brayner, e o coordenador do projeto e professor de Música da universidade, Antonio Nigro.
Márcia Angela Aguiar reafirmou a importância do envolvimento de ambas as instituições na iniciativa. "Assim que houve essa demanda da Reitoria da UFPE, imediatamente, as portas da Fundação foram abertas para acolher o projeto, e efetivadas as devidas articulações internas com as diretorias de Formação Profissional e Inovação (Difor) e de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), cujos dirigentes, Ana Abranches e Tulio Velho Barreto, respectivamente, demonstraram todo interesse. Com um piano magnífico como esse, vamos fazer com que as pessoas de Pernambuco não percam a oportunidade de estarem se deliciando com toda essa produção cultural”, ressaltou.
Representando o reitor da UFPE, Alfredo Gomes, a superintendente de Cultura, Mariana Brayner, agradeceu a parceria com a Fundaj. “É um prazer estar voltando com o projeto numa instituição tão importante e parceira da universidade. Agradecemos à Fundaj por acolher, logo de cara, o retorno do projeto”, afirmou.
Coordenador do projeto, o professor de Música da UFPE, Antônio Nigro, resaaltou que essa é uma oportunidade para os alunos do Departamento de Música da UFPE que estão iniciando a carreira artística se exercitarem com apresentações em salas de concerto. “Isso é algo muito importante na formação deles e, em todos os recitais, quinze minutos antes [da apresentação principal], nós teremos formações distintas.”
No recital de reabertura do Música no Memorial, foi a vez do grupo Entre Cordas, formado por quatro estudantes da UFPE, que envolveu o público com violão, mãos e voz. Em seguida, o grupo pArte pra 3 realizou sua aguardada apresentação.
O repertório do trio, que representa o gênero música de câmara no projeto, envolveu três peças de músicos diferentes. A primeira, Anayde Beiriz, composta pelo paraibano Elon Barbosa com arranjo de Uaná Barreto, alude à poetisa conterrânea do músico que faz parte da historia cultural e de conflitos políticos na Paraíba.
Como trabalho seguinte, a escolha foi pela obra Ecstatic Samba, do estadunidense Kevin Day. Já Trio para flauta, violoncelo e piano em ré menor Op. 49, peça musical em quarto partes do alemão Felix Mendelssohn, foi a escolhida pelo grupo para encerrar a apresentação neste primeiro domingo de recitais.
Para o pianista do trio, José Henrique Martins, existe uma troca com o público e um fluxo de emoções durante as apresentações que é muito nítido. “É uma satisfação muito grande ser músico em função desse diálogo de sentimentos que a gente tem com a plateia”, contou o artista.
A bibliotecária Mariana Coelho, 36 anos, saiu encantada com o recital. “A cidade ter um evento deste porte, gratuito, é algo de uma grandeza ímpar. Estamos tendo aqui oportunidade que na Europa, por exemplo, é comum. Estou feliz com a iniciativa e encantada com o que presenciei. Vou voltar nos próximos”, adiantou.
Sobre o Projeto
O projeto Música no Memorial estava sendo realizado na Sala Bandeira & Aguiar do Memorial da Medicina e Cultura da UFPE, tendo sido suspenso após o espaço da universidade ser fechado para reforma.
Imediatamente, surgiu a necessidade de buscar uma forma de dar continuidade às atividades de extensão. “Após inúmeras buscas, telefonemas e reuniões, o reitor da UFPE, Alfredo Gomes, conversou com a presidenta da Fundaj, e identificaram a possibilidade de um espaço apropriado para sediar os eventos e salvar a série”, explicou o professor Antonio Nigro.
Foi nesse momento que o piano de cauda Steinway & Sons do Departamento de Música da universidade ganhou um lar temporário: a Sala João Cardoso Ayres, local que deve ocupar até o mês de dezembro.