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Museu do Homem do Nordeste visita escola municipal do Recife, na Ilha do Leite
Educadores do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) estiveram, nesta terça-feira (6), na Escola Municipal Reitor João Alfredo, no bairro da Ilha do Leite, para apresentar a ação Museu Itinerante. A iniciativa da Coordenação de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne está inserida no projeto Prática Educativas Híbridas, que busca popularizar e diversificar o contato das comunidades ao Museu. O Muhne é vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).
Esta é a primeira vez que uma escola será contemplada com o projeto, que até o momento esteve presente na sede do Giral, organização da sociedade civil localizada em Glória do Goitá, e nos mercados da Encruzilhada e Casa Amarela. Coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva explica que a atividade desta terça-feira faz parte de uma ação continuada que se estenderá por todo o mês de agosto na escola. “Essa visita consiste no reconhecimento da escola e na apresentação do projeto aos alunos e à gestão escolar. O Museu Itinerante é um meio de aproximar o Muhne das comunidades, principalmente as que ainda não o conhecem”, explica.
As próximas etapas do projeto na Escola Municipal Reitor João Alfredo envolvem a exposição de peças do acervo do Muhne no local para visitação dos alunos, uma visita técnica, no dia 27 de agosto, às instalações do Campus Gilberto Freyre da Fundaj, em Casa Forte. Os estudantes conhecerão o acervo do Museu do Homem do Nordeste, o Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte (Laborarte) e a Coordenação de Ações Educativas e Comunitárias.
Para Vivyanne Felix, professora da turma-foco, que integra o Programa Travessia Recife da rede municipal de educação, a expectativa é alta: “Esse projeto vai valorizar a cultura, principalmente para eles, que não conhecem esse meio”. Coordenadora pedagógica da Escola Municipal Reitor João Alfredo, Iêda Ramos acredita que a formação integral dos alunos pode ajudá-los a serem protagonistas das suas próprias vidas. “Essa visita do Museu vai propiciar a eles um maior conhecimento de todas as áreas. Então ficamos muito felizes, pois é uma forma dos alunos terem acesso a obras de arte da nossa multiculturalidade e fazer com que ampliem essa possibilidade de observar na prática o que aprendem na teoria”, argumenta.
O Travessia é um programa voltado a crianças e adolescentes em idade mais avançada do que o comum para as turmas regulares do ensino fundamental. Segundo a vice-gestora da escola, Célia Gomes, essa ação da secretaria de educação visa não apenas trazer os alunos de volta à escola e corrigir a distorção idade-série. Célia também acredita que o Museu Itinerante é uma maneira de incentivar os estudantes e mostrar a eles o próprio potencial. “Com esse projeto novo, vão se sentir importantes. Vão se tornar visíveis. É isso que a escola tenta trazer para o Travessia”, conclui.