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Museu do Homem do Nordeste vai aos mercados da Encruzilhada e de Casa Amarela
A ação Mercados e Feiras do projeto Museu Itinerante do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), realizada nos últimos dias 3 e 4, levou aos mercados da Encruzilhada e de Casa Amarela uma exposição com peças do acervo técnico e livros da Editora Massangana. A iniciativa é uma parceria com a Conviva Mercados e Feiras, autarquia municipal responsável pelo gerenciamento das feiras e mercados públicos do Recife. O Muhne é um equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).
Na estreia desta edição do projeto, na quarta-feira (3), participaram o chefe de Gabinete da Presidência da Fundaj, José Amaro Barbosa da Silva, que representou a presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, a coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva, o gerente-geral de Mercados e Feiras da Conviva, Diogo Azevedo, o assessor executivo de Articulação da Conviva, Tyago Bianchi e a gerente-geral de Obras da Conviva, Carolina Azevedo. Durante os dois dias de atividades, a mediação foi realizada pelos educadores Ângelo Araújo, Cleyton Nóbrega, Marília Carla e Olga Santos. A presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, observou que esse encontro de culturas contribui para o fortalecimento da nossa identidade como povo. “O museu interage com a população”, disse.
Entre os itens que fizeram parte da mostra, estavam uma matriz da obra “Noite de São João”, do poeta e cordelista Givaldo, de Bezerros, e uma miniatura de um carro de boi, meio de transporte que faz parte da exposição de longa duração do museu. “São peças que conversam com o mercado, algumas já foram ou ainda são vendidas nesses espaços. Elas ativam memórias do dia a dia da família nordestina ou da casa dos avós. Isso tem muito significado”, adiantou Edna Silva.
A coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne também destacou a colaboração com a Editora Massangana para o fomento da leitura nesses espaços. “A editora seleciona com cuidado títulos que transitam no universo dos mercados e feiras, da cultura e do imaginário popular. E a parceria com o Conviva contribuiu para que a gente tivesse um alcance maior. Doamos 75 exemplares”, comemorou.
O diretor-presidente da Conviva, Gabriel Leitão, reiterou a potência dos mercados públicos como um ambiente de cultura. “São verdadeiros tesouros culturais no Recife, onde as histórias se entrelaçam com a vida dos habitantes. Transformados em palcos de exposição, através dessa parceria com a Fundaj, os espaços destacam a diversidade das culturas que formam nossa identidade brasileira, resgatando memórias e valorizando nosso patrimônio imaterial”.
A professora Ana Cristina, que mora próximo ao Mercado de Casa Amarela, visitou a exposição do Museu Itinerante e saiu de lá com dois livros. “Esse é o caminho que eu faço diariamente para ir ao trabalho. Foi uma grata surpresa ver a exposição. Me lembrei de quando era criança e o meu pai, que fazia candeeiros para vender”, compartilhou Ana Cristina, que se interessou pelo título “Ciranda Pernambucana: antologia poética infantojuvenil”, que foi contemplado, recentemente, com o Selo Cátedra 10 Unesco 2023, e Filhos das Feiras, de Márcio Sá.