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Museu do Homem do Nordeste recebe formação com técnicos formadores do EJA na quarta-feira (07)
A multiplicidade da identidade dos nordestinos, suas diferentes culturas e crenças e, ainda, o racismo estrutural presente na vida desses povos, foram temáticas abordadas nesta quarta-feira (07). O Museu do Homem do Nordeste (Muhne), equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), recebeu o encontro da Gerência de Políticas Educacionais para Jovens, Adultos e Idosos (GEJAI), promovido pela Secretaria de Educação e Esporte de Pernambuco (SEE), em parceria com a Gestão de Inovação Pedagógica (GIP). O evento teve como objetivo correlacionar o acervo do museu com o tema do ano letivo de 2024, “Educação para relações étnico-raciais”, e reuniu técnicos formadores do programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA).
“A partir dos questionamentos “Quem pode ser o homem do Nordeste?”, “De onde vem o homem do Nordeste?” e “O que move o homem do Nordeste?”, o grupo refletiu sobre a identidade do nordestino enquanto vivenciava os espaços do Muhne”, explica a coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Mulher, Edna Silva. . A proposta da reunião foi gamificada: os participantes se dividiram em duplas e exploraram a exposição em uma caça ao tesouro, onde as pistas e desafios levaram ao debate do tema norteador do encontro, que foi as relações étnico-raciais em perspectiva estrutural e pessoal.
O diálogo foi mediado pelos educadores do Museu do Homem do Nordeste, Manoela Antunes e Cleyton Nobrega. “Esse encontro é bom porque acaba fortalecendo a nossa rede, já que os professores conhecem o nosso trabalho e podem trazer cada vez mais grupos para o museu”, destacou Cleyton. Os educadores apresentaram uma exposição de longa duração do espaço e fizeram uma mediação cultural com os participantes e formadores. Durante a formação, os professores observaram as obras e peças expostas para pensar sobre a aplicação da temática apresentada nas modalidades da rede pública de ensino, interagindo com os equipamentos culturais do estado.
“Pensamos em um lugar que tivesse relação com a temática e o Museu do Homem do Nordeste é referência para o homem e a mulher do Nordeste. Foi uma formação interativa com o museu e esperamos que essa parceria entre a Secretaria de Educação e a Fundaj permaneça e dê excelentes frutos”, contou a Gerente de Políticas Educacionais para Jovens, Adultos e Idosos, Jeane Lima. Participaram da formação equipes do EJAI, da Unidade de Educação em Prisões (UEP) e do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem).
Eles puderam indicar o que gostaram de ver nos espaços museus, o que não gostaram e apresentar sugestões de como o museu pode melhorar. Para a assistente pedagógica da GEJAI, Mirian Burgos, a condução da mediação cultural foi significativa para que a experiência fosse mais enriquecedora. “A condução não foi apenas apresentando os artefatos e a história contida no museu, mas criticando ela, fazendo um contraponto entre a realidade apresentada e a realidade negada. Achei muito interessante a metodologia que foi utilizada porque não nos deixou passivos, mas nos colocou para refletir, entramos como atores, pessoas ativas do processo”, comentou. O encontro finalizou com uma atividade na qual os participantes fizeram releitura em formato de xilogravura de algumas das obras do Museu do Homem do Nordeste.