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Museu do Homem do Nordeste recebe estudantes da Universidade de Nova Iorque para imersão cultural
O Museu do Homem do Nordeste (Muhne) recebeu, na tarde desta terça-feira (23/07), a visita de um grupo de estudantes da Universidade de Nova Iorque (EUA), que estão no Recife participando de um programa de intercâmbio. O Muhne é um equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj),
Os visitantes conheceram parte da diversidade cultural nordestina por meio do rico acervo que abrange desde artefatos indígenas e afro-brasileiros até objetos contemporâneos, refletindo a complexa identidade do Nordeste. O encontro foi mediado por Manoela Antunes, Marília de Melo Silva e Ítalo Nery, educadores do Museu.
O grupo aprendeu mais sobre a religiosidade na região, a arte popular e tradições festivas, como o Carnaval. Vince Anani, que estuda Política Pública nos EUA e Estudos Africanos, com foco na diáspora negra em todo o mundo, se encantou com o que viu no Muhne, trazendo um olhar crítico sobre o que pode ser trabalhado em termos de contemporaneidade e destacando a viagem pela história. "Eu achei muito interessante. Eu realmente gostei das partes interativas do que foi exibido, onde podemos ver obras feitas por artistas e alguns artefatos coletados sobre a história do Brasil colonial até a contemporaneidade. Muito interessante essa viagem através da história”, comentou.
Já a estudante de Inglês Isabela Fitzgerald afirmou: “Foi super interessante ver a história de grupos como os indígenas. Foi triste ver a grave história enfrentada pelas pessoas escravizadas, os objetos de tortura, mas acho muito importante aprender sobre o que aconteceu e o museu fez um ótimo trabalho em nos informar sobre essa história”.
Os alunos que visitaram o Muhne fazem parte do programa Summer Abroad in Brazil, da Universidade de Nova Iorque, dirigido pela professora doutora Michelle Nascimento Kettner, que acompanhou o grupo durante toda a mediação. Ela explicou que, ao longo de três semanas, os estudantes terão uma imersão na cultura brasileira, mais especificamente nordestina, com aulas acadêmicas, visitas a pontos como museus e lugares históricos, além de participarem de oficinas populares de frevo, afoxé, maracatu, entre outras atividades, como debate sobre a importância dos mangues e os desafios ambientais atuais.
“O Museu do Homem do Nordeste fazer parte do roteiro veio da minha vontade de incluir uma excursão que dialogasse com temas que trabalhamos nas aulas, como colonização, influência dos diversos povos na construção da sociedade brasileira. O museu tem diversos desses aspectos e, além disso, tem uma exibição em que há uma crítica ao que é exibido, são monitores que estão muito em contato com a apresentação do tema. Por isso é um ambiente muito especial, onde somos sempre muito bem recebidos”, explicou Michelle Nascimento Kettner, que é professora em Nova Iorque, mas é pernambucana.