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Museu do Homem do Nordeste realiza formação com educadores dos CRAS do Recife
O Museu do Homem do Nordeste (Muhne), por meio da sua Coordenação de Ações Educativas e Comunitárias, promoveu, nesta quinta-feira (31), uma formação com educadores e assistentes sociais de Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade do Recife. Realizada no campus Gilberto Freyre da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Casa Forte, a capacitação se dividiu entre a apresentação das iniciativas do Muhne e uma visita técnica às instalações do campus.
Sobre a formação, a coordenadora de Ações Educativas e Comunitárias do Muhne, Edna Silva, destaca a importância do estreitamento de laços entre as comunidades socialmente vulneráveis e instituições como a própria Fundação Joaquim Nabuco. “Esta ação, dentre outras possibilidades, leva o Museu para lugares onde instituições como os CRAS reconhecem a vulnerabilidade dos espaços, mas também potencializam as atividades, as práticas e o processo cultural que é forte nessas mesmas comunidades”, inicia.
A programação teve início na Sala Calouste Gulbenkian, com a apresentação das práticas educativas híbridas do Museu, a exemplo do Museu Itinerante e o projeto Atravessando Mundos. Os educadores Manoela Antunes e Angelo Araujo, do Muhne, também falaram sobre as possibilidades de agendamento de visitas mediadas por eixo temático e com recursos de acessibilidade.
Educador do Cinema da Fundação, também ligado à Dimeca, Túlio Rodrigues apresentou ações de acessibilidade do equipamento, como as sessões Indigo, Alumiar e o projeto Literatura em Tela. Já o facilitador do Atravessando Mundos, Saulo Nogueira, trouxe relatos sobre a experiência bem sucedida da iniciativa voltada aos jovens neuroatípicos.
Em seguida, os educadores, que atuam nos CRAS de bairros como Santo Amaro, Alto do Mandu, Bongi e Ibura, visitaram as instalações do Laboratório de Pesquisa, Conservação e Restauração de Documentos e Obras de Arte Antonio Montenegro (Laborarte), responsável por manter em bom estado o acervo da Fundaj. A Cinemateca Pernambucana Jota Soares e a sala Museu do Cinema da Fundação também integraram o programa da formação com os educadores, que conheceram as possibilidades de cada um dos espaços.
A formação encerrou com uma visita ao Muhne, onde os educadores e agentes dos CRAS tiveram acesso à exposição museal permanente e à exposição “Elas: onde estão as mulheres nos acervos da Fundaj?”, no primeiro andar. Arte-educador do CRAS de Santo Amaro, André Thiago vê na visita a possibilidade de compreender o funcionamento interno de um Museu e associar o espaço à própria atuação profissional. “Há a ideia de valorizar o que é da gente, já que é o Museu do Homem do Nordeste. Como trabalhamos com o fortalecimento de vínculos e o pertencimento à cidade, é um ponto muito legal”, comenta.