Museu do Homem do Nordeste promove último encontro da oficina "Cultura Material: Três Dimensões", nesta sexta-feira (30)

Entendida usualmente como um simples sinônimo para artefatos, os quais buscam lidar com as trocas presentes no mundo físico, a cultura material possui uma dimensão bem mais vasta no contexto histórico da humanidade. Concluída na manhã desta sexta-feira (30), a oficina "Cultura Material: Três Dimensões", promovida pelo Museu do Homem do Nordeste (Muhne), entre os dias 26 e 30 de setembro, apresentou ao longo dos encontros um debate sobre as nuances existentes deste nicho cultural.  

Ministrada pelo professor José Neves Bittencourt, doutor em História Social pela Universidade Federal Fluminense, a oficina gratuita buscou em suas aulas presenciais, na sala Calouste Gulbenkian, localizada no campus Gilberto Freyre, em Casa Forte, reforçar o conceito de que o museu não é apenas um espaço cheio de objetos antigos, mas no entanto uma instituição plena que contempla à sociedade. 

Introduzindo pesquisadores das diferentes áreas das Ciências Humanas e Sociais aos estudos de cultura material, o professor José Neves assegura, em sua última aula, que é possível interligar a cultura material ao campo do invisível. ““Um artefato pode deixar de ser o que ele é, ou seja algo que está presente fisicamente em nosso cotidiano, para se tornar um elemento figurado de forte importância!”, detalhou o professor. 

“Os museus precisam aceitar seu espaço como um laboratório da história, investigando cientificamente narrativas que não sejam a sua própria”, conclui. 

O museólogo da Fundaj, Henrique Cruz ressalta a necessidade de formações gratuitas como a promovida ao longo desta semana. “Acredito na importância da Fundaj, e em particular o Museu do Homem do Nordeste, em ser um espaço de formação nos campos da Museologia e Patrimônio, em paralelo as Universidades”, afirma. “Este curso, cuja temática é inédita em cursos promovidos na Fundaj, auxiliará os alunos a desenvolverem estudos sobre artefatos presentes nos acervos de museus e presentes na sociedade”.

Com carga horária de 15 horas, a oficina gratuita contou com certificado de participação ao final dos encontros.